PSD: eleições antecipadas é «cenário excluído» - TVI

PSD: eleições antecipadas é «cenário excluído»

  • Portugal Diário
  • 6 mar 2008, 16:05
Luís Filipe Menezes

Menezes rejeita realização de eleições directas por causa da agitação interna no partido

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A realização de eleições directas antecipadas por causa da agitação interna no seio do PSD «é um cenário completamente excluído», disse esta quinta-feira o líder dos sociais-democratas, Luís Filipe Menezes, noticia a Lusa.

«Eleições directas no partido só depois das eleições legislativas de 2009», disse o presidente dos sociais-democratas durante um encontro com jornalistas na sede nacional do partido, avisando que considera «o assunto encerrado».

Luís Filipe Menezes desdramatizou a contestação interna dizendo «que de um determinado tipo de conflitualidade por vezes nasce a fortaleza de um projecto», acrescentando que não vai alimentar polémicas porque «às vezes resistir mitifica o resistente».

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O líder do PSD garante que enquanto esteve em oposição interna agiu sempre em nome dos interesses do partido, tendo estado sempre na primeira linha do combate político, ao contrário dos que agora o criticam e que, alegadamente, «não tiveram coragem» para o enfrentar nas directas de Setembro do ano passado.

«Existem bastantes virtudes em algum tipo de ruído. Eu fui candidato à liderança em Pombal, não fugi, ganhei legitimidade para fazer algum ruído, estive sempre na primeira linha do combate político», afirmou, garantindo que a agitação interna é um sinal de que o partido não corre o risco de sofrer o que classificou como «uma paralisia imunológica».

O optimismo de Luís Filipe Menezes assenta naquilo que considerou ser «a subida continuada e consistente» do PSD nas sondagens desde que foi eleito líder do partido, nas eleições directas de Setembro de 2007, em que derrotou Luís Marques Mendes.

«Não trabalhamos para as sondagens, mas acreditamos que as sondagens têm a sua importância», afirmou, garantindo que «em cinco meses o PSD subiu seis ou sete pontos percentuais» nos estudos de opinião, assumindo-se aos poucos como uma alternativa credível ao PS.

Luís Filipe Menezes disse ainda que o seu partido não vai fazer nenhuma proposta no sentido de fixar o calendário eleitoral de 2009, recusando-se a confirmar se defende a possibilidade de as eleições autárquicas antecederem as legislativas, o que é liminarmente recusado pelos socialistas.

«Nesta matéria dizemos: cumpra-se a lei eleitoral. A questão é politicamente importante mas fico de fora desse debate a partir de agora», concluiu.
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