Louçã quer que se dê «uma lição às indústrias farmacêuticas» - TVI

Louçã quer que se dê «uma lição às indústrias farmacêuticas»

Francisco Louçã

Líder do BE defende necessidade de deixar os utentes escolherem a embalagem e o preço mais convenientes dos medicamentos

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O líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, defendeu este sábado a necessidade de deixar os utentes dos serviços de saúde escolherem a embalagem e o preço mais convenientes dos medicamentos receitados, dando-se assim «uma lição às indústrias farmacêuticas», noticia a Lusa.

«Sendo o mesmo produto, que garante as mesmas qualidades terapêuticas, deve ser a pessoa a escolher, para dar uma lição às farmácias e às indústrias farmacêuticas de que não podem especular com os custos da saúde», disse à Lusa o responsável, segundo o qual a medida permitirá uma poupança superior a 200 milhões de euros nos custos directos acarretados pelas famílias.

«O Governo tem tomado medidas contraditórias, tem garantido que se preocupa com o aumento do acesso aos genéricos, mas tem também aumentado as comparticipações, ou seja, o custo para as pessoas da compra dos medicamentos», criticou.

Para Francisco Louçã, uma das grandes questões do debate da revisão constitucional tem a ver com a garantia de um serviço de saúde público, por oposição à sua privatização, uma opção que, no seu entender, «o PSD tem vindo a defender».

O líder bloquista considerou que o presidente social-democrata, Pedro Passos Coelho, quer diferenciar os cidadãos no acesso à saúde e à educação e «garantir mercado» para os privados que actuam nestas áreas.

«O PSD lançou a ideia de que a saúde e a educação têm de passar a ser pagas pelas pessoas. Isto na verdade é uma fraude, porque já pagamos a saúde e a educação para todos ao pagar impostos que financiam os serviços», sublinhou.
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