«Autárquicas vão ajudar PSD» - TVI

«Autárquicas vão ajudar PSD»

  • Portugal Diário
  • 10 jan 2008, 10:00
Luís Filipe Menezes no XXX Congresso do PSD - Foto de Nuno Veiga/Lusa

Menezes acredita na vitória do partido em 2009 e na reeleição de Cavaco em 2010

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O presidente do PSD afirmou-se esta quinta-feira confiante de que em 2009 as eleições autárquicas vão ajudar o partido a ganhar as legislativas e que em 2010 haverá nova vitória com a reeleição de Cavaco Silva, escreve a Lusa.

Luís Filipe Menezes falava no final de um jantar da secção D do PSD de Lisboa, em que fez um discurso de cerca de 50 minutos que terminou traçando o calendário eleitoral dos sociais-democratas.

Em 2009 coincidirão as eleições autárquicas, legislativas e europeias. De acordo com a lei, as autárquicas são marcadas pelo Governo e realizam-se entre 22 de Setembro e 14 de Outubro, as legislativas são marcadas pelo Presidente da República e realizam-se entre 14 de Setembro e 14 de Outubro e as europeias são em Junho, igualmente marcadas pelo Presidente da República.

«As eleições autárquicas vão ajudar-nos a ganhar as eleições nacionais», declarou o presidente do PSD, acrescentando que «reconquistar a Câmara Municipal de Lisboa é algo fundamental para o partido».

Também em «Odivelas, Loures, Amadora ou Vila Franca», câmaras que o PSD nunca ganhou, o objectivo é «ir à guerra para ganhar», disse Luís Filipe Menezes.

«Vamos vencer o ciclo eleitoral de 2009 e depois reeleger Cavaco Silva nas presidenciais», concluiu.

Falha no crescimento económico

Por outro lado, perante os militantes de Lisboa que enchiam a sala do restaurante, Menezes insistiu na ideia de que o Governo socialista está a falhar no crescimento económico.

«Quem é que dos companheiros aqui presentes não aceitava ser primeiro-ministro com a Europa a crescer? E quem não conseguiria ter um crescimento económico de 1,7 ou 1,8 por cento ao ano? Tenho a certeza absoluta de que não eram capazes de fazer pior do que o engenheiro Sócrates», declarou.

O presidente do PSD manifestou-se convicto de que «Portugal pode crescer muito acima dos 3 por cento», que não é inevitável haver «sacrifícios por muitas gerações».

Promessas de Menezes

Na exposição do seu projecto político, Luís Filipe Menezes apontou ainda a redução do «enorme peso do Estado», da carga fiscal e o corte de «despesa públicas supérfluas».

Quanto ao encerramento de serviços, assegurou que, na oposição, estará presente «sempre que houver portugueses a protestar» como em Anadia para os confortar e prometeu nunca fechar «um único serviço sem que a população esteja servida com uma alternativa, numa lógica de proximidade».

País «frustrado, triste»

Menezes fez uma síntese das últimas décadas de governação, responsabilizando o PS pelo passado recente que deixou o país «frustrado, triste», e defendeu que o PSD tem de «levantar a cabeça» porque sempre mostrou ser «m partido de competência, rigor e resultados».

O presidente do PSD devolveu ao primeiro-ministro, José Sócrates, a acusação de populismo, lembrando as suas corridas no calçadão do Rio de Janeiro, na marginal de Luanda ou na Praça Tiananmen em Pequim.

«Nunca o vi a correr de manhã na Avenida da Liberdade, e todos sabemos porquê, e o senhor primeiro-ministro também sabe», assinalou, causando risos. Menezes completou que Sócrates seria confrontado com o descontentamento da população e «por isso só corre quando vai ao estrangeiro, não gosta de correr em Portugal».
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