Novo partido não é «anti-sistema» - TVI

Novo partido não é «anti-sistema»

  • Portugal Diário
  • 4 mar 2008, 08:12

«Movimento Esperança Portugal» quer ser motivo para portugueses procurarem futuro melhor

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O «Movimento Esperança Portugal» não nasce «com uma atitude anti-sistema» mas sim como um alternativa para que os portugueses encontrem, através de uma «política de esperança», uma razão para construir um futuro melhor, afirmou Rui Marques.

O antigo alto-comissário para a Imigração e Diálogo Intercultural Rui Marques anunciou segunda-feira á Agência Lusa a intenção de criar um novo partido, «Movimento Esperança Portugal» (MEP), situado ideologicamente ao centro, entre o PS e o PSD, e que deverá concorrer às europeias de 2009.

Rui Marques não quis revelar o nome de mais nenhum membro do futuro partido político mas prevê ter recolhidas as 7.500 assinaturas para a constituição do partido até o Verão.

«O MEP não nasce com uma atitude anti-sistema, para dizer que os políticos são corruptos e que está tudo errado. A nossa atitude é oferecer aos portugueses uma possibilidade para que, através de uma política de esperança, possam encontrar uma razão para se empenharem na construção de um futuro melhor», sublinhou.

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O responsável explicou à Lusa que o MEP é um projecto «de gente comum», constituído por 60 cidadãs e cidadãos, que decidiu dar um passo em frente e que, com esse gesto, «quer transmitir esperança, no sentido de que a política é uma responsabilidade de todos nós e não só de alguns».

«O MEP é um movimento humanista que quer estar ao centro do centro político, entre o PS e o PSD, para que a partir daí seja possível construir pontes e sublinhar mais aquilo que nos une do que aquilo que nos separa», explicou Rui Marques.

De acordo com o responsável, o objectivo do Movimento passará sempre por afirmar «a construção em vez da oposição» e acreditar que «um País melhor é possível».

«Fundamental reagir»

Portugal vive, segundo o antigo alto-comissário, um momento complexo e de crise mas, «sobretudo de desânimo e de desistência», pelo que é «fundamental reagir».

«O Movimento surge como uma proposta concreta para que Portugal possa dar uma resposta a esta crise. O tempo tem que ser de esperança, esperança que torna real a capacidade de transformar a realidade e que nos motiva a fazer melhor, porque melhor é possível», afirmou.

«Melhor é possível é a grande ideia do Movimento Esperança Portugal», frisou.

O responsável salientou que o calendário eleitoral para 2009 «ainda não é claro» mas que «tudo aponta para que as primeiras eleições sejam as europeias em Junho de próximo ano», data que constituirá a «primeira fronteira, o primeiro momento que iremos a votos».

Prioridades

Os temas em torno da justiça e coesão social, o combate à pobreza, a redução da exclusão social, a construção de igualdade de oportunidades para todos e o combate contra todas as formas de discriminação serão, segundo Rui Marques, algumas das grandes prioridades de acção política do MEP.

«Reconhecer o importante papel da família na sociedade, a importância de construir pontes e a capacidade de avançarmos através do diálogo e consenso, acabando com a visão de uns contra os outros, serão também outros traços que vão caracterizar a intervenção do MEP na política portuguesa», acrescentou.

Rui Marques lembrou que as prioridades da acção política envolvem «sete grandes pilares», expressos no manifesto do MEP, sendo o mais importante e aquele que resume todos os outros, «a ideia de uma mesa com lugar para todos».

Aos princípios justiça social, sociedade de famílias e cultura de pontes, explicou, acrescem a «afirmação do desenvolvimento humano sustentável, da democracia mais próxima dos cidadãos, a solidariedade intergeracional e, finalmente, a visão de um mundo interdependente e solidário».
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