Farmácias: Louçã levanta suspeitas - TVI

Farmácias: Louçã levanta suspeitas

Debate parlamentar - Foto Lusa, Tiago Petinga

Em causa está concurso público. Sócrates desafia denúncia ao PGR

O deputado do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, levantou suspeitas sobre o vencedor do concurso da farmácia Praiense, em Vila Praia do Ribatejo. Em resposta, Sócrates desafiou Louçã a denunciar à Procuradoria-Geral da República.



«Eu não me ocupo de concursos, quem se ocupa de concursos são os júris (...) Se tem provas disso, o sr. deputado tem ocasião de se dirigir à Procuradoria Geral da República, não é comigo, isso é um caso de polícia», desafiou Sócrates.

José Sócrates utilizou o tempo destinado a responder à pergunta do grupo parlamentar do PS para desmentir uma outra afirmação do líder do Bloco de Esquerda, a de que os contratos de concessão dos hospitais com gestão privada durariam até 2040. «Estão concessionados por um período de dez anos e não 40 como referiu», garantiu Sócrates.

Governo dá «passito», diz PCP

No debate quinzenal, no Parlamento, Jerónimo de Sousa considerou que o Governo deu um «passito» com a redução em 50 por cento do valor das taxas, lembrando que os comunistas defenderam esta solução. «Talvez um dia venha a concordar com a isenção das taxas moderadoras nos internamentos e nas cirurgia ambulatória», afirmou o líder e deputado comunista.

Jerónimo de Sousa lembrou os números da venda de medicamentos, em 2006, em que os consumidores pagaram mais 39 milhões de euros e o Estado poupou 28 milhões. Inspirado num ditado popular, o secretário-geral do PCP apontou a Sócrates e disse que «quem dá e tira vai para Inferno».

Na resposta, o chefe do Governo garantiu que não pretende mexer nas taxas moderadoras, afirmando que, mais do que a questão financeira, a medida destina-se a ser dissuasora.
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