Carro do ministro das Finanças cercado à chegada à SIC - TVI

Carro do ministro das Finanças cercado à chegada à SIC

Grupo de sindicalistas bateu nas janelas do automóvel e tentou forçar entrada nas instalações da estação

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Um ruidoso coro de protestos recebeu o ministro das Finanças à entrada dos estúdios da SIC, nesta terça-feira, com um grupo de sindicalistas a bater nas janelas do automóvel e a tentar forçar a entrada nas instalações da estação televisiva, em Carnaxide.

Desde cerca das 19:00 que mais de meia centena de sindicalistas da Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública esperava Vítor Gaspar, que chegou ao local às 19:45, para ser entrevistado no Jornal da Noite.

À entrada para os estúdios, o carro onde seguia o governante foi rodeado por manifestantes que gritavam «gatuno» e batiam nas janelas do veículo com as mãos e os cartazes que empunhavam, apesar dos esforços de meia dúzia de agentes da PSP para os afastar da viatura.

Logo a seguir à passagem do carro, os manifestantes tentaram transpor a cancela que limita o acesso às instalações, mas foram impedidos pelos elementos da polícia, entretanto reforçados por uma equipa de intervenção rápida.

Seguiram-se alguns minutos tensos, com os ânimos exaltados da parte dos manifestantes, até que os polícias conseguiram aumentar a distância entre a manifestação e o portão.

Gritando «25 de Abril sempre, fascismo nunca mais», os manifestantes acabaram por aliviar a pressão sobre o cordão policial.

A dirigente sindical Ana Avoila disse à Lusa que a intenção do protesto foi «transmitir a indignação das pessoas» para que o Governo «se deixe de malfeitorias, porque os trabalhadores não estão disponíveis para mais ilegalidades e medidas que os penalizam».

«Foi na sexta-feira passada e foi hoje novamente que se anunciaram reduções drásticas do rendimento das pessoas. É por isto que lhes chamamos gatunos», afirmou.

Cerca das 20:00, Ana Avoila anunciou a desmobilização do protesto, garantindo: «a luta continua, onde quer que nós estejamos».

Questionado pela SIC sobre a concentração, Vítor Gaspar disse entender o sentimento «generalizado de preocupação» dos portugueses, mas referiu que o protesto à porta da estação televisiva parecia uma «manifestação orquestrada».
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