República: PCP critica discurso de Cavaco - TVI

República: PCP critica discurso de Cavaco

O candidato presidencial comunista, Francisco Lopes, diz que o actual presidente tem sido «um factor de desunião» e defendeu um «compromisso de ruptura»

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O candidato às eleições presidenciais apoiado pelo PCP, Francisco Lopes, afirmou, esta terça-feira, que o Presidente da República, Cavaco Silva, tem sido «um factor de profunda desunião», defendendo um «compromisso para uma ruptura» com as políticas actuais.



«O senhor Presidente veio aqui fazer um apelo à união e ao compromisso, mas que é um compromisso em torno do rumo de agravamento das injustiças sociais e que é de desequilíbrio e de declínio do país», afirmou Francisco Lopes, contrapondo com a necessidade de «um compromisso para uma ruptura e mudança, para um rumo diferente».

Um rumo, acrescentou, «que ataque o desemprego, que aposte na produção nacional, que aposte em melhores salários, num país com uma economia sólida, assente nas suas próprias forças e capaz de enfrentar os desafios de hoje e assegurar esse desenvolvimento e justiça social para o futuro».

«O Presidente da República com esta opção que tomou, de favorecer o rumo de brutal ataque aos trabalhadores e ao povo português que está em curso está a ser um factor de profunda desunião, porque num quadro de injustiças que existe e do rumo do afundamento do país, só é possível um compromisso para resolver as injustiças e para resolver o problema nacional», sustentou o candidato presidencial comunista.

Já o líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares, considerou que «não basta pedir à classe política uma atitude diferente», insistindo na necessidade de mudança das políticas. Em declarações aos jornalistas, no final da cerimónia, o presidente do grupo parlamentar comunista rejeitou o apelo de Cavaco Silva.

«Não basta pedir mais esforço, não basta pedir à classe política para ter uma atitude diferente, porque isso significa pôr no mesmo barco aqueles que tomam estas injustas medidas e aqueles que, como o PCP, as combatem e justamente exigem uma alteração desta política», disse.

Para Bernardino Soares, o que o país precisa é que «as políticas mudem e sejam postas ao serviço da população e desenvolvimento do país e não continuando neste caminho desastroso para o desenvolvimento nacional como está a ser seguido e como as recentes medidas de fortíssima penalização dos salários e das reformas bem demonstram».
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