Paulo Rangel considera que o país está em crise por causa da falta «prestígio» e «desgaste» do Governo. O eurodeputado do PSD disse, em Braga, que «o poder executivo está decrépito».
«Portugal vive uma crise que não é só económico-financeira, é uma crise política porque o Governo não tem prestígio e está desgastado», disse Rangel, citado pela agência Lusa, acrescentando: «Um dos pilares da democracia e da governabilidade que é o poder executivo está decrépito, em declínio e em degenerescência acelerada». Mas as críticas não se ficaram apenas por este poder. Para o eurodeputado, vive-se também «uma grave crise do poder judicial».
«Basta haver uma crise nestes dois poderes, no executivo e no judicial para que tenhamos de assumir a gravidade e a profundidade da crise em que vivemos», anotou, durante um almoço organizado pela concelhia de Braga do PSD.
Para Paulo Rangel, a «maior crise da justiça de que há memória» em Portugal deve-se a «15 anos de políticas socialistas e os cinco anos de socialismo do engenheiro Sócrates».
Para sair do estado do país que descreveu, o social-democrata diz que só vê «uma possibilidade»: «O PSD estar à altura da sua responsabilidade histórica para responder ao anseio dos portugueses».
Rangel defendeu que para que isto aconteça é necessário «refundar a social-democracia como projecto para Portugal». Um projecto com duas características: «A de não criar ilusões a ninguém» e a de «fazer uma ruptura com a promiscuidade entre público e privado».
«Governo não tem prestígio e está desgastado»
- tvi24
- HB
- 10 jan 2010, 18:32
Social-democrata Paulo Rangel diz que estas são as razões da crise
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