Santana quer plano de estímulo à economia - TVI

Santana quer plano de estímulo à economia

Debate quinzenal com o Primeiro Ministro

«Temos de parar de ignorar e fazer de conta que a crise não existe: estamos numa hora de convergência nacional», garante líder parlamentar do PSD. Sócrates diz que plano é desnecessário

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O líder parlamentar do PSD propôs esta quarta-feira, no debate quinzenal, na Assembleia da República, um plano de estímulo à economia. «Vamos ter de o fazer mais cedo ou mais tarde», disse Santana Lopes, depois de apontar que o mundo vive «uma situação grave: temos de parar de ignorar e fazer de conta que a crise não existe. Estamos numa hora de convergência nacional».

Na resposta, o primeiro-ministro considerou que a proposta do PSD é «desnecessária». Santana Lopes queria um plano de estímulo à economia, semelhante ao que foi implementado em Espanha.

«Há uma situação grave no mundo. Temos de parar de sorrir, de ignorar, de fazer de conta que a crise não existe. É preciso agir. Estamos numa hora de convergência nacional nesta matéria», afirmou o também candidato à liderança do PSD.

Numa intervenção que se cingiu à economia, Santana traçou um cenário sério e preocupante. «Mais cedo ou mais tarde vai ter que o fazer, senhor primeiro-ministro», avisou o líder parlamentar social-democrata.

«O estado espanhol decidiu conceder avales de tesouro cerca de 2 mil milhões de euros para as pequenas e médias empresas», afirmou Santana Lopes, acrescentando se o Governo não considera um «logro não fazer o que todos os outros estão a fazer?».

Sócrates respondeu que a realidade espanhola é «muito diferente» da portuguesa. «O caso espanhol está fundado numa crise do sector imobiliário, que não existe em Portugal porque as nossas casas não estão hipervalorizadas».

Santana discordou da visão do Governo e garantiu que se o Executivo «vai por esse caminho é mais uma decisão errada, a de adiar um plano de impulso à actividade económica». E acusou o primeiro-ministro de, em três anos, ainda não ter tido tempo para avaliar a evolução da economia. «Não tem os dados de que precisa ainda?».

Para o líder parlamentar do PSD não é possível «olhar mais para o lado e fazer de conta que a crise não existe». Mas não convenceu o primeiro-ministro.
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