Alegre não junta Louçã e Sócrates em comícios

O candidato Manuel Alegre encerra a campanha presidencial com um comício no Porto, não repetindo nem a sua opção das eleições de 2006 de terminar na sua terra natal, Águeda, nem as do PS, que têm sempre Lisboa como palco.

Tal como fez Mário Soares nas eleições de 2006, Manuel Alegre fará a tradicional descida do Chiado e o comício de Lisboa, que terá lugar no Coliseu dos Recreios, no dia 20, penúltimo dia da campanha.

O encerramento acontecerá no pavilhão do Académico do Porto, espaço com capacidade para cerca de três mil pessoas.

Com estas opções, as caravanas de Manuel Alegre e de Cavaco Silva nunca se cruzam, já que o candidato apoiado pelo PSD, CDS e MEP terá o seu penúltimo dia de campanha no Porto e o encerramento na capital.

Os comícios da campanha presidencial de Manuel Alegre terão, na mesma sessão, discursos de dirigentes nacionais do PS e BE, mas isso não se aplicará aos líderes dos partidos, Sócrates e Louçã, que nunca terão participações em simultâneo.

Em conferência de imprensa, o director da campanha de Manuel Alegre, Duarte Cordeiro, apresentou o périplo nacional do candidato apoiado pelo PS e pelo BE, que começa com dois actos simbólicos: o encerramento da pré-campanha num jantar com jovens, na Póvoa do Lanhoso, na sexta-feira; e no sábado, com um almoço com sindicalistas, em Palmela.

Duarte Cordeiro adiantou que o secretário-geral do PS, José Sócrates, e o coordenador da comissão política do BE, Francisco Louçã, estarão presentes em comícios, mas ainda não está definido nem o número de presenças nem os locais.

Interrogado sobre quem falará primeiro nos comícios, se o dirigente do BE ou o dirigente do PS, Duarte Cordeiro respondeu usando o humor: «No limite é moeda ao ar».

O director de campanha sublinhou, contudo, que, ao longo da pré-campanha, «no mesmo espaço, já aconteceu estarem dirigentes do PS e do Bloco lado a lado e isso vai voltar a acontecer na campanha eleitoral».

Durante a conferência de imprensa, Duarte Cordeiro tentou sempre desdramatizar a questão das relações políticas entre PS e BE, assim como o silêncio do antigo Presidente da República Mário Soares em relação à campanha. «Não é um tema da nossa candidatura», disse.