JSD quer saber medidas do Governo contra obesidade infantil

Os deputados da Juventude Social-democrata (JSD) questionaram por escrito a ministra da Saúde acerca das medidas adoptadas pelo Governo para reduzir a obesidade infantil em Portugal, noticia a Lusa.

No texto enviado a Ana Jorge, os deputados da JSD referem que «Portugal, os Estados Unidos da América e Malta são considerados, de entre um conjunto de 41 países em análise, os três países onde as crianças com 11 anos de idade revelam maior excesso de peso», de acordo com um estudo recente da Organização Mundial de Saúde.

Os sociais-democratas consideram que a obesidade, especialmente a infantil, tornou-se «um verdadeiro problema de saúde pública» e que combatê-la «é, também, um desafio com implicações ao nível da despesa do Estado no tratamento das doenças daí derivadas».

Os deputados da JSD dizem querer «saber, muito simplesmente, o que é que o Governo tem feito para reduzir os elevadíssimos níveis de obesidade» registados no país.

«Que medidas adoptou o Governo em matéria de produtos e de consumo para lutar contra a obesidade, designadamente quanto à taxa de IVA sobre a aquisição para consumo de produtos mais saudáveis, como os legumes e as frutas, ou menos saudáveis, como o sal ou as gorduras, quanto à rotulagem e à restrição da publicidade dos produtos mais perniciosos, quanto à informação aos consumidores e quanto ao controlo das refeições nos locais de prestação de trabalho, públicos, privados ou cooperativos?», questionam.

Os deputados da organização de juventude do PSD querem saber também «que medidas de âmbito e com impacto ao nível escolar adoptou o Governo» para assegurar «que a actividade física e a alimentação equilibrada se tornam parte integrante do comportamento das crianças, controlando a qualidade e as normas nutricionais das refeições nas escolas e nos infantários», por exemplo, impondo a inclusão «de sopa, fruta e legumes nas refeições ou através de projectos de distribuição de fruta nas escolas».

A ministra foi também questionada sobre o que fez o Governo para «aproveitar sinergias, nomeadamente integrando o combate à obesidade nas estratégias já existentes de promoção da saúde» e em matéria de «introdução do diagnóstico e do tratamento precoces da obesidade em cuidados de saúde primários», de «formação de profissionais de saúde na área da prevenção da obesidade e de emissão de orientações clínicas relativamente ao seu rastreio e tratamento».