Um ano de Governo: professores, calvário resolvido em três meses - TVI

Um ano de Governo: professores, calvário resolvido em três meses

Ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato - MARIO CRUZ/LUSA

Avaliação de docentes foi um dos testes positivos de Nuno Crato, mas ainda há muito por fazer para a nota final

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Foi num outro Portugal que uma manifestação de mais de 100 mil professores impressionou um país que num dia de calor se colocou ao lado dos docentes em luta por uma avaliação justa. Um calvário de dois Governos, de duas ministras que encabeçaram uma luta sempre perdida para um movimento sindical. A Fenprof, o sindicato que naqueles tempos encheu mais horas de jornal do que qualquer outro movimento de protesto.

Um «berbicacho» herdado por Nuno Crato que não tendo tido o apoio do tal movimento sindical, o principal entre os professores, ainda assim, conseguiu silenciar os contestatários professores. Apenas três meses depois de assumir a pasta, o ministro assinou um acordo com sete dos 13 sindicatos de professores e arrumou uma questão que muitas dores de cabeça deu a um outro primeiro-ministro.

Este ministro, Nuno Crato, passou no exame à avaliação de professores, mas este não foi o único ponto onde as reformas prometidas avançaram. O compromisso de levar as provas de avaliação a todos os ciclos fica completo já no próximo ano. Em 2012, os alunos do 4ª ano realizaram provas de aferição, ainda sem contar para a nota, mas para o ano é a doer e o exame conta 25% da nota final.

Cumprida também está a promessa de trazer mais autonomia às escolas com o reforço «da legitimidade e o papel do diretor», assim como a liberdade dos pais escolherem as escolas dos filhos e a implementação da escolaridade obrigatória até aos 18 anos. Com o crivo de promessa quase cumprida está o exame de ingresso para professores que o ministro garante, apesar da contestação dos sindicatos, que entrará em vigor ainda este ano.

Mas se Nuno Crato passa com positiva em algumas das disciplinas, não passa em todas. As negativas que se lhe atribuem fazem balançar a nota final. As heranças socráticas, Novas Oportunidades e Parque Escolar, e os efeitos da crise na Educação, com o abandono de estudantes no Ensino Superior denunciado pela Igreja e negado pelo Governo, são os exames difíceis do governante.

A polémica em torno das Novas Oportunidades começou ainda decorria a campanha eleitoral. Com o fecho de mais de 90 centros onde era passados «certificados de incompetência», o Governo fechou também a porta ao emprego de muitos funcionários. A oposição denunciou e acusa o Executivo de «despedimento coletivo». A decisão está tomada e as Novas Oportunidades, que na avaliação do Governo não «trouxe resultados» deixou de formar adultos.

Nuno Crato não se faz parco em estudar a matéria e transformar em diplomas aprovados as promessas de campanha, mas será o desempenho o teste final para Nuno Crato.
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