Estudantes cortam acessos à Universidade de Coimbra - TVI

Estudantes cortam acessos à Universidade de Coimbra

Exigem mais investimentos na educação, contestam os valores das propinas e os cortes nas bolsas de estudo

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Estudantes da Universidade de Coimbra (UC) encerraram esta quinta-feira os acessos ao Polo I da instituição, na Alta da cidade, num protesto que simbolizou a alegada exclusão de candidatos ao ensino superior, por falta de meios económicos.

De acordo com a Lusa, os universitários bloquearam a rua Padre António Vieira, junto à sede da Associação Académica de Coimbra (AAC), e a calçada Martim de Freitas, paralela aos Arcos do Jardim, na presença de agentes da PSP que acompanharam de perto a evolução dos acontecimentos.

«Esta é uma manifestação pacífica, mas com uma mensagem clara. E é também uma chamada de atenção ao Governo e ao Ministério da Educação», declarou aos jornalistas o presidente da AAC, Ricardo Morgado.

O dirigente disse que os estudantes da UC exigem mais investimento do Estado no ensino, designadamente ao nível da ação social, advertindo que «os protestos poderão aumentar» no próximo ano letivo.

«Houve este ano menos 11 mil bolsas de estudo do que no ano passado», exemplificou.

Numa das faixas com que grupos de jovens cortaram os dois principais acessos ao Polo I da Universidade, podia ler-se: «Terceira propina mais alta da União Europeia».

Os estudantes utilizaram as mesmas faixas que foram exibidas no estádio do Jamor, quando a Académica venceu a final da Taça de Portugal. A ação durou cerca de duas horas.

«Está a ser limitado o acesso de muitos jovens à Universidade», declarou Ricardo Morgado, vincando o caráter simbólico da manifestação.

O presidente da AAC lembrou o aumento do desemprego e da emigração entre os jovens, o que considerou ser «um claro espelho do país», sendo, por isso, «preciso agir para salvaguardar o futuro dos jovens e de Portugal».

Noutra das faixas, os estudantes lamentavam que Portugal se tenha transformado num «país sem brio».
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