Louçã aposta que direita não apresentará qualquer moção - TVI

Louçã aposta que direita não apresentará qualquer moção

Líder do BE diz ainda que moção de censura teve efeito «clarificador», apesar do anunciado chumbo

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O líder do Bloco de Esquerda qualificou este sábado de «absolutamente conseguida» a moção de censura ao Governo pelo efeito «clarificador», apesar do anunciado chumbo, e apostou que a direita não vai apresentar nenhuma moção de censura, escreve a Lusa.

«Faço uma aposta: a direita não apresenta nenhuma moção de censura», disse Francisco Louçã aos jornalistas, após a presentação do texto da moção, numa conferência de imprensa em Lisboa.

Questionado sobre a disponibilidade dos bloquistas para viabilizarem outras iniciativas de outros partidos, o coordenador do BE afirmou que o partido olhará «para cada moção de censura por aquilo que traz e diz». E lembrou que o BE já votou a favor da moção que o PCP apresentou nesta legislatura.

Apesar do chumbo a que está votada ¿ PSD e CDS não a viabilizarão ¿ Louçã considerou que a moção de censura que o BE apresenta «é uma iniciativa absolutamente conseguida», já tendo «conseguido um resultado de extraordinária clarificação».

«O país estava a assistir a um espectáculo lamentável entre PS e PSD, a assustarem-se um ao outro», acrescentou, acusando o PSD de fazer uma «política de terra queimada» ao suportar as medidas de austeridade do Governo, co-responsabilizando os sociais-democratas pelo nível de desemprego e de precariedade laboral.

«Portugal ficou agradecido ao doutor Pedro Passo Coelho por ter usado uma expressão tão simples para definir a sua visão da política», afirmou, recordando que o presidente social-democrata disse que o PSD não tinha ainda «fome suficiente para ir ao pote».

Sobre o PS, Louçã argumentou que «não pode dizer que esta moção abre o campo à direita, porque quem está a abrir o campo à direita é José Sócrates todos os dias».

O líder do BE, Francisco afirmou ainda que a redução do défice deve-se à recessão económica e a medidas como os cortes nos apoios sociais e não ao facto de o Estado estar a usar melhor o dinheiro. «A despesa reduz-se não porque o Estado esteja a gastar melhor o dinheiro, mas porque está a provocar a recessão», disse.
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