A ministra da Presidência avançou esta quinta-feira que os números relativos à pandemia em Portugal não permitem que o Governo avance para um desconfinamento nos próximos tempos.
No briefing de Conselho de Ministros, Mariana Vieira da Silva sublinhou que o país tem "reduzido de forma significativa os novos infetados, mas temos de destacar que este não é o único indicador para onde devemos concentrar a nossa atenção".
"É preciso acautelar a capacidade de resposta do SNS, internamentos e internamento em UCI e também o número de óbitos. E nestas duas variáveis ainda que existam reduções, ainda estamos muito longe de números que permitam começar a avançar paro o desconfinamento em breve”.
Mariana Vieira da Silva explica que os internamentos em cuidados intensivos não são compatíveis para criar expectativas de um desconfinamento "em breve". "É ainda muito cedo para pensarmos que estamos perto do fim", responde.
Na mesma linha da ótica de Costa, Vieira da Silva realça que o horizonte temporal para uma reabertura dos serviços vai além do mês de fevereiro: "Esta é a perspetiva do Governo".
Em relação à contratação de enfermeiros internacionais para apoiar a linha da frente, foi decretado um especial interesse público, que tem de cumprir com a norma relativa ao estado de emergência e que sofreu uma providência cautelar por parte da Ordem dos Enfermeiros.
“Precisamos de todos os braços para combater esta pandemia”, reflete a ministra, destacando que o Governo tem “prioridade máxima” em resolver a questão da providência cautelar. Mariana Vieira da Silva afirma, por outro lado, que a decisão tomada em Conselho de Ministros permite que o Estado aja em sede própria.