EDP negoceia com Sonatrach participação nas centrais de gás - TVI

EDP negoceia com Sonatrach participação nas centrais de gás

António Mexia à frente da EDP

Eléctrica avalia projectos de trabalho conjunto com árabes da IPIC

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A EDP está neste momento a ultimar as condições da participação da gasista argelina Sonatrach, sua já accionista, nas centrais a ciclo combinado de gás natural (CCGTs) que a portuguesa tem em Portugal e Espanha. Uma situação que tinha sido admitida aquando o acordo estratégico estabelecido entre as duas empresas.

«Estamos a trabalhar a componente da participação da Sonatrach nas CCGTs. A negociação para o primeiro grupo está concluída. Os termos gerais foram aceites pelo que nas próximas semanas teremos os resultados. Está a correr como o previsto», afirmou o presidente da EDP, António Mexia, na apresentação de resultados do Grupo do primeiro trimestre do ano.

Recorde-se que as duas empresas estabeleceram um acordo para que a argelina fornecesse gás natural à EDP, tendo a Sonatrach ficado com uma posição de 2% na portuguesa. Já na altura também foi admitido que a argelina viesse a ter participação de até 25% nas CCGTs da EDP.

Possíveis colaborações com argelinos no Brasil

António Mexia tinha entretanto colocado a hipótese de uma parceria também em território argelino, onde poderia vir a construir centrais de ciclo combinado no país, mas questionado, esta quinta-feira, sobre avanços nessa matéria, limitou-se a responder que «(ainda) não foram tomadas decisões sobre essa possibilidade».

Já no Brasil, a Sonatrach também pode vir a colaborar. De acordo com o responsável, a EDP está a estudar a hipótese de vir a ter centrais de gás em território brasileiro onde se coloca o problema deste não ter centrais de liquefacção. «Teríamos que fazer a cadeia integrada e é isso que estamos a ver e a negociar, nomeadamente com a Sonatrach, mas não só, também com parceiros brasileiros», acrescentou o mesmo, sublinhando que até final do ano haverá resultados deste trabalho.

Quanto ao acordo, mais recente, da EDP com os árabes da International Petroleum Investment Company (IPIC)-que detêm também 2% da portuguesa-, o presidente da eléctrica adiantou que tem «equipas a trabalhar na identificação de projectos em que as duas poderão trabalhar em conjunto».

As acções fecharam a cair 1,42% para os 4,15 euros.
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