Brasil: BPN encaixou 5,5 milhões com negócio via Banco Insular - TVI

Brasil: BPN encaixou 5,5 milhões com negócio via Banco Insular

BPN

Entre 2002 e 2008, instiruição controlou Banco Insular de Cabo Verde através de «off-shores»

Relacionados
O BPN encaixou, em 2006, um total de 5,5 milhões de euros com a venda de uma empresa brasileira onde durante anos injectou 230,6 milhões de euros, através do banco «off-shore» Insular.

De acordo com os dados do Banco Central do Brasil (BCB), citados pela «Lusa», entre Novembro de 2003 e Outubro de 2006 o Banco Insular enviou 230,6 milhões de euros para a Ergi Empreendimentos, uma promotora imobiliária detida pelo BPN e por outros investidores portugueses e brasileiros.

Segundo as mesmas fontes, a Ergi, anteriormente denominada Chamonix, foi vendida em Dezembro de 2006 ao grupo brasileiro WTorre, por 385 milhões de reais (135 milhões de euros, ao câmbio da altura), sendo que deste montante o BPN recebeu 5,5 milhões de euros, de acordo com o Relatório e Contas do Grupo BPN.

Ao todo ocorreram 47 remessas de dinheiro entre o Insular e a Ergi, sendo que as últimas tiveram lugar dois meses antes da venda à WTorre. Em Outubro de 2006, o Banco Insular realizou doze transferências de dinheiro, com um valor total de 92,5 milhões de dólares norte-americanos (72,4 milhões de euros, ao câmbio de então).

Entre 2002 e 2008, o BPN controlou o Banco Insular de Cabo Verde através de sociedades «off-shore».

BPN actuava sem conhecimento do Banco de Portugal

Em meados deste ano, já após a saída de José de Oliveira e Costa da presidência do banco, o BPN reconheceu perante o Banco de Portugal que era o verdadeiro dono do Insular.

Mais. O BPN concedeu crédito a empresas controladas pela sua accionista, a Sociedade Lusa de Negócios (SLN), sem que o Banco de Portugal tivesse conhecimento dessas transacções, não contabilizando estes créditos no seu próprio balanço e contornando os limites dos montantes que os bancos podem emprestar aos seus accionistas.

O Banco de Portugal e o Ministério Público estão a investigar os indícios de alegadas irregularidades cometidas pela anterior gestão do grupo SLN/BPN, liderada por José Oliveira e Costa.
Continue a ler esta notícia

Relacionados