BPN: Sónia Sanfona diz que supervisão cumpriu o seu dever - TVI

BPN: Sónia Sanfona diz que supervisão cumpriu o seu dever

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Relatora da comissão de inquérito admitiu, contudo, que «os resultados não foram os melhores»

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A relatora da comissão de inquérito ao caso BPN considera que o Banco de Portugal agiu, enquanto instituição de supervisão, dentro do seu quadro legal. No entanto, Sónia Sanfona admitiu que «os resultados não foram os melhores».

«O Banco de Portugal cumpriu com os seus deveres de supervisão», referiu a deputada socialista no Parlamento, esta quinta-feira, citada pela agência Lusa.

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«Demonstra-se que a supervisão actuou dentro do quadro legal», acrescentou quando falava no plenário da Assembleia da República.

«Perante o quadro internacional, é possível concluir que o modelo de supervisão é que falhou, não foi o supervisor em Portugal que falhou», reforçou, destacando ainda que «as propostas de alterações legislativas» constantes do relatório «são contributos sérios e adequados» para a melhoria do controlo sobre o sistema financeiro.

Oposição chumba relatório aprovado pela maioria PSv

No que toca à questão da nacionalização, Sónia Sanfona afirmou que foi «a via correcta e adequada para resolver a situação do BPN», acrescentando que «foi possível concluir que a supervisão actuou de forma estreita e próxima».

Cada português pode fazer o seu relatório

Já a presidente da comissão de inquérito ao caso BPN, Maria de Belém Roseira defendeu esta quinta-feira no Parlamento que, graças aos trabalhos abertos da comissão, cada português tem oportunidade de fazer o seu próprio relatório.

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«As audições abertas transmitidas pela televisão deram a possibilidade a que cada pessoa, em sua casa, faça o seu próprio relatório, que está muito para além deste, de certeza», sustentou Maria de Belém.

Oposição volta a acusar PS de proteger Constâncio

As vozes da oposição voltaram a lançar muitas críticas aos resultados da comissão de inquérito. O deputado do PSD, Hugo Velosa, acusou o PS de ter protegido politicamente Vítor Constâncio, governador do Banco de Portugal, bem como o Governo socialista, ao longo dos trabalhos da comissão de inquérito ao BPN.

«O PS protegeu o Banco de Portugal e o seu Governo», afirmou o deputado social-democrata, acrescentando que «infelizmente, a comissão de inquérito concluiu sem fundamento que a nacionalização foi a melhor opção, só com base na visão do Governo».

«Esta comissão podia ter acabado com chave de ouro, com conclusões unânimes, mas acaba com a verdade do PS», acusou, por seu lado, o deputado do CDS-PP, Nuno Melo.

Pelo PCP, Honório Novo referiu igualmente que as «conclusões da comissão são parciais e branqueiam a supervisão».

João Semedo, do Bloco de Esquerda, disse que as conclusões não mostram toda a verdade: «As conclusões do relatório aprovado apenas pelo PS são meias verdades sobre a fraude e os banqueiros, uma meia mentira sobre a supervisão e o Banco de Portugal e uma mentira e meia sobre a nacionalização e o Governo», disse, citado pela agência Lusa.
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