BPP diz que está em vias de recuperar normalidade - TVI

BPP diz que está em vias de recuperar normalidade

  • Rui Pedro Vieira
  • 23 dez 2008, 15:52
Banco Privado Português

Banco entende inconvenientes mas queixa-se de «interpretações erróneas»

Relacionados
O Banco Privado Português (BPP) reconhece estar a ser muito penalizado pela actual fragilidade dos mercados financeiros mas considera que a instabilidade será passageira.

À Agência Financeira, fonte oficial do banco referiu que é importante que os clientes acreditem na instituição, até porque, «passado o momento de incapacidade de resposta, o banco está em vias de recuperar a normalidade». E a mesma fonte vai mais longe: muito em breve, a entidade garante que terá «soluções a oferecer aos clientes».

Esta é uma resposta ao crescente descontentamento de vários clientes que, além de se assumirem como meros depositantes e não como detentores de aplicações de risco mais elevado, estão a avançar com queixas por não conseguirem até agora aceder ao seu dinheiro.

Nesta segunda-feira, quatro depositantes, incluindo o treinador do Sporting de Braga, Jorge Jesus, avançaram com uma queixa-crime por burla qualificada, infidelidade ou manipulação de mercados.

Já esta terça-feira, vários clientes do Banco Privado Português (BPP) estão reunidos no Hotel Sheraton, no Porto, para tomar medidas contra a instituição bancária.

Sobre este descontentamento, o BPP refere estar consciente das dificuldades e inconvenientes do actual cenário, mas não poupa críticas: «Também não podemos deixar de referir que falsas notícias e interpretações erróneas sobre os procedimentos de rigor que o banco tem vindo a exigir a si próprio poderão pôr em causa a postura de transparência e verdade que tanto procuramos», sublinha fonte oficial à AF.

Ainda a propósito dos problemas de liquidez, o BPP refere que se viu sem resposta imediata face às solicitações dos seus clientes.

«Para possibilitar ao banco a entrega de liquidez a clientes com aplicações em activos financeiros, teria que proceder à venda dos mesmos, o que, neste momento, iria provocar uma enorme perda de valor para os próprios», explica ainda a instituição.
Continue a ler esta notícia

Relacionados