Bruxelas baixa previsões de crescimento para a Europa - TVI

Bruxelas baixa previsões de crescimento para a Europa

União Europeia

Taxa de inflação revista em alta

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A Comissão Europeia acaba de cortar as previsões de crescimento da economia europeia para este ano. No caso da Zona, a nova perspectiva aponta para uma expansão de 1,8% e no caso da União Europeia de 2%.

Em ambos os casos, a revisão representa uma redução de quatro décimas, ou seja, anteriormente, Bruxelas esperava que o Produto Interno Bruto (PIB) da área do euro crescesse 2,2% e o da União 2,4%.

Na origem da revisão em baixa está, como seria de esperar, a crise financeira desencadeada pelo crédito de alto risco (subprime) nos EUA, o andamento da maior economia do Mundo e os elevados preços das matérias-primas.

«A Europa começa a sentir o impacto das dificuldades globais na baixa do crescimento e aumento da inflação», afirmou o comissário europeu da Economia e Assuntos Monetários, Joaquin Almunia, para quem a melhor forma de combater os choques que a economia global enfrenta é manter as reformas estruturais e as políticas macroeconómicas estáveis.

Custo de vida agrava-se

A Comissão Europeia revela também novas projecções para a taxa de inflação, apontando para os 2,6% na Zona Euro e 2,9% na União, embora aposte numa desaceleração ao longo do ano e num retorno a níveis mais normais no último trimestre de 2008. A revisão em alta é de cinco décimas em ambos os casos e prende-se com a forte subida dos alimentos e energia.

Recorde-se que o Banco Central Europeu tem-se mostrado preocupado com a taxa de inflação, que tem andado muito acima do ideal, que fixou nos 2%. Em Janeiro, a taxa atingiu os 3,2% na Zona Euro.

As previsões de Bruxelas põem em causa as projecções do Governo português. O Executivo de José Sócrates aponta para um crescimento nacional de 2,2%, ajudado numa expansão de 2% na Zona Euro.

Principais economias com estimativas mais pessimistas

As previsões intercalares da Comissão Europeia baseiam-se nas informações disponíveis para as principais economias europeias. No caso da Alemanha, Bruxelas desceu a projecção cinco décimas, de 2,1 para 1,6%, no caso da Espanha três décimas para 2,7% e no caso da França outras três décimas para 1,7%.

Itália viu a sua previsão de crescimento cortada para metade, de 1,4% para 0,7%.

Já a Holanda foi a única a contrariar a tendência, com a previsão a aumentar de 2,6 para 2,9%.

Fora da Zona Euro, o Reino Unido também perdeu cinco décimas, com a nova estimativa a situar-se nos 1,7%, e a Polónia três décimas, para 5,3%.
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