Esforço de consolidação será indispensável nos próximos anos

O esforço de consolidação orçamental terá de continuar nos próximos anos, se Portugal quiser cumprir as metas com que se comprometeu perante Bruxelas, refere o Banco de Portugal no Boletim Económico da Primavera.

«Em 2007 prosseguiu o processo de consolidação das contas públicas, cuja plena consecução surge como fundamental para a criação de um quadro de estabilidade macroeconómica conducente a um crescimento sustentado da economia portuguesa no médio e longo prazos», sublinha.

A instituição governada por Vitor Constâncio sublinha que o défice orçamental «apresentou novamente uma redução significativa e superior à prevista», passando de 3,9 por cento do PIB em 2006 para 2,6% em 2007. Um resultado que significa «o claro cumprimento do valor de referência para o défice no âmbito do Pacto de Estabilidade e Crescimento».

De acordo com as estimativas do Banco de Portugal para a evolução do défice estrutural, «a política orçamental apresentou uma natureza restritiva em 2007, reflectindo contributos significativos da receita total e da despesa primária». Estas estimativas apontam para um défice estrutural de 2,4% do PIB em 2007.

Um valor que «compara com o compromisso no âmbito do Pacto de Estabilidade e Crescimento de alcançar o objectivo de médio prazo para o défice estrutural de 0,5% em 2010, o que ilustra a magnitude do indispensável esforço de consolidação orçamental nos próximos anos», refere.