Abel Mateus sai da Concorrência por falta de apoios - TVI

Abel Mateus sai da Concorrência por falta de apoios

Abel  Mateus, AdC

A seis meses do fim do mandato, já se sabe que Abel Mateus não vai continuar à frente do principal regulador nacional.

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Nem Sócrates, nem Cavaco o vão segurar depois das polémicas. Abel Mateus não vai ser reconduzido à frente dos destinos da Autoridade da Concorrência, noticia o «Diário Económico».

A última gota de água foi o polémico plano de actividades da Autoridade da Concorrência para 2008. O regulador comprometeu definitivamente o equilíbrio instável a que tem sobrevivido nos últimos tempos.

A menos de seis meses do fim do mandato, o Executivo de Sócrates já fez saber que não pretende renová-lo. Para já, entre um círculo restrito, de acordo com informações recolhidas pelo mesmo jornal junto de fontes governamentais.

Certa é também a perda de apoio político de Cavaco Silva, um dos seus velhos aliados. Aliás, a escolha, em 2003, do nome de Abel Mateus para a liderança da Autoridade da Concorrência ocorreu por indicação do actual chefe de Estado.

A mais recente fonte de conflito da Autoridade da Concorrência chegou através de um documento interno que define os processos de contra-ordenação por práticas restritivas da concorrência para 2008. Nele se pode ler que irá «apresentar ao conselho cinco propostas de decisão final condenatórias, em processos de máxima prioridade, por abuso de posição dominante: três no domínio das telecomunicações, um nos transportes aéreos e outro no mercado da electricidade».

Inscrição que deixou em polvorosa empresas como a Portugal Telecom, EDP, TAP que não perderam tempo a mostrar a sua indignação, alegando que não têm conhecimento da existência de quaisquer acções. Desde então, começaram as insinuações, todas sob reserva de anonimato, sobre as alegadas tentativas de pressão de Abel Mateus junto dos decisores políticos, tendo em vista uma eventual recondução no cargo.

Nos últimos anos, Abel Mateus foi coleccionando ódios de estimação junto das principais empresas portuguesas, às quais não escapou também o Ministério da Economia de Manuel Pinho, com quem travou alguns dos seus principais braços-de-ferro.
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