Consumidores sobre endividados pedem apoio da DECO - TVI

Consumidores sobre endividados pedem apoio da DECO

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A família e amigos, são essenciais na sustentabilidade financeira perante a perda de emprego.

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O estudo do Observatório do Endividamento dos Consumidores analisou a situação de cerca de meia centena de desempregados de duas empresas industriais de Coimbra e de Gaia com dívidas de crédito, e concluiu que a maior sustentabilidade financeira ficou a dever-se a uma «forte mobilização das redes informais de solidariedade, que funcionam sobretudo de forma espontânea, através da dádiva de géneros alimentares e apoio monetário ocasional».

Associado a este factor, a pesquisa apurou também «uma forte capacidade de mobilização individual, expressa pelo recurso a poupanças acumuladas e a actividades profissionais de substituição, bem como a forte restrição do consumo e uma gestão ainda mais controlada do orçamento familiar».

«Surpreendeu-nos a força das poupanças pessoais e das redes informais de apoio social», afirmou aos jornalistas Catarina Frade, investigadora deste observatório do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.

Contudo, realçou que «não se podem fazer juízos de valor sobre esta questão, já que os desempregados fabris vivem em meio rural ou semi-urbano, em que os hábitos de consumo são mais simples do que no ambiente urbano».

O projecto de investigação «Desemprego e Sobreendividamento dos Consumidores: Contornos de uma Ligação Perigosa» analisou também uma amostra de consumidores sobreendividados que pediram o apoio da DECO - Associação para a Defesa do Consumidor, tendo em vista a renegociação das dívidas com os credores.

Os sobreendividados revelaram «uma maior vulnerabilidade face à perda do emprego», devido a uma insuficiente mobilização de recursos próprios, poupanças escassas e maior dificuldade em simplificar os padrões de consumo, além de uma fraca capacidade de activar as redes informais de solidariedade.

Contactar as instituições financeiras para tentar renegociar as dívidas ou as associações de defesa do consumidor para organizar as finanças e constituir um aforro para enfrentar as emergências são algumas das orientações avançadas pela investigadora.
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