Dia decisivo na Opel da Azambuja - TVI

Dia decisivo na Opel da Azambuja

Opel Azambuja 1

Esta quinta-feira será um dia decisivo para a Opel da Azambuja, sendo quase certo que a casa mãe vai anunciar o encerramento da unidade.

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A General Motors Europe prometeu para esta quinta-feira uma decisão sobre o futuro da fábrica que vai deixar de produzir o Opel Combo. A imprensa alemã dava já na terça-feira como certo o encerramento da fábrica em Outubro, adiantando mesmo que o anúncio seria feito ontem. No entanto, os trabalhadores entregaram uma proposta para reduzir os custos de produção na unidade fabril portuguesa e para aumentar a sua competitividade no panorama europeu, e a empresa aceitou estudá-la durante 24 horas.

Na base deste provável encerramento está um estudo encomendado pela General Motors sobre a produtividade e competitividade das suas fábricas na Europa, segundo o qual produzir um automóvel na Azambuja é 500 euros mais caro que noutra fábrica.

Os trabalhadores têm-se manifestado contra o encerramento, que deverá ser apenas um dos vários previstos pelo grupo. Por isso mesmo, os trabalhadores das várias unidades europeias marcaram greves parciais como forma de protesto e de luta pela manutenção dos postos de trabalho. A unidade portuguesa foi quem deu o pontapé de saída, com uma greve parcial de duas horas por turno, que começou ontem. Quinta-feira os trabalhadores reúnem-se em plenário para decidirem sobre uma paralisação geral na sexta-feira.

Para esta quinta-feira está também uma paralisação de duas horas em Saragoça, estando previstas igualmente paragens por idêntico período de tempo nas restantes fábricas na Europa.

A General Motors tem estado também em contactos com o Governo português, que está a fazer esforços para que a empresa se mantenha em Portugal.

De acordo com dados da Câmara Municipal da Azambuja, em causa, além dos 1.200 funcionários da Opel da Azambuja, mais cerca de 800 pessoas têm o emprego em causa, tendo em conta que trabalham para outras empresas que fornecem exclusivamente a fábrica da General Motors.

A confirmar-se o encerramento da unidade fabril, o estado português pode reclamar uma indemnização na ordem dos 30 milhões de euros.
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