A electricidade é mais cara 30 por cento em Portugal do que em Espanha.
A disparidade, apesar da existência do Mercado Ibérico de Electricidade (MIBEL), preocupa a Autoridade da Concorrência (AdC) que, segundo o presidente Abel Mateus, está a analisar de perto a situação.
«O problema é que ainda não existe um verdadeiro mercado integrado. Há diferenças regulatórias entre os dois países», disse durante a sua apresentação no Parlamento, esta quarta-feira, onde realizou um balanço da actividade da AdC nos últimos cinco anos.
No entanto, Abel Mateus disse que a Concorrência está em estreita colaboração com a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), apesar do mercado da electricidade «não ser nada fácil».
Abuso de posição dominante difícil de provar
O porta-voz da AdC lembrou ainda que os custos de produção de electricidade em Portugal são, em média, 20% superiores aos de Espanha. Algo que, juntamente com a inexistência de liberalização efectiva nos mercados de gás e electricidade, geram problemas estruturais que complicam o trabalho dos reguladores.
«Enquanto não se resolverem essas questões será difícil avançar com um processo de abuso de posição dominante contra a EDP», acrescentou Abel Mateus, justificando não existirem nem indícios nem inquérito nesse sentido.
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Luz mais cara 30% do que em Espanha está a ser investigada
- Rui Pedro Vieira
- 12 mar 2008, 16:47
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Autoridade da Concorrência está a trabalhar com ERSE
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