Perdas escondidas no BCP voltam para assombrar lucros - TVI

Perdas escondidas no BCP voltam para assombrar lucros

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Acções do banco seguem em queda

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Os títulos do BCP seguem esta manha em queda na praça lisboeta, reflectindo não só a previsão de queda dos resultados do banco, que os analistas avançaram recentemente, mas também as notícias divulgadas pela imprensa desta manhã, que dão conta de perdas resultantes das operações efectuadas em off shores, perdas essas que ainda não teriam sido contabilizadas nos resultados da instituição.

Analistas apontam para uma quebra de 30% nos lucros do BCP

O «Diário Económico» avança que a nova administração do BCP passou as contas a pente fino e descobriu que, afinal, os prejuízos «escondidos pelas anteriores administrações» através das off shores ainda não foram assumidos. As perdas deverão rondar os 350 milhões de euros, avança o mesmo jornal.

Também o «Jornal de Negócios» fala do Millennium esta manhã, afirmando que o banco utilizou uma imobiliária por si controlada, a Comercial Imobiliária, para esconder as perdas resultantes daquelas mesmas operações. «As perdas foram disfarçadas com um projecto em Luanda», refere o diário, acrescentando que as operações foram «realizadas soba a gestão de Jardim Gonçalves».

Já o «Público», refere que a nova administração está a equacionar a constituição de provisões, num montante superior a 30 milhões de euros, para fazer face a custos decorrentes das contra-ordenações que poderão ser aplicadas no âmbito das irregularidades envolvendo off shores que foram utilizados para a compra de acções próprias.

Esta verba integra um bolo mais geral, que será superior a 70 milhões de euros, não devendo ultrapassar os 100 milhões, que se destina a suportar, entre outras coisas, o pagamento de indemnizações a cinco ex-administradores. Os ex-gestores que irão ter direito a estas verbas são Filipe Pinhal, Cristopher de Beck, Paulo Teixeira Pinto, Bastos Gomes e Alípio Dias.

Notícias que, somadas à previsão de queda dos lucros (os analistas apontam para uma queda de 30% em 2007), estão a deixar os investidores inquietos. As acções seguem a perder 1,53% para 1,93 euros, mas estiveram já a perder mais de 2,5% para 1,90 euros.

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