Qual será o impacto da operação no endividamento da empresa, como será financiada a operação ou como serão conseguidas as sinergias prometidas entre a TMN e a Optimus, são algumas das questões que o mercado espera por ver esclarecidas e sobre as quais a Sonae não deitou ainda luz.
É que a fusão das duas operadoras móveis deverá gerar, segundo a proposta da Sonae, 2 mil milhões de euros em sinergias. Os investidores aguardam por saber como é que isso será conseguido, sem aumentar os preços. Assim, hoje deverão ser já também conhecidos os impactos da operação nos preços, no que se refere ao mercado de telefonia móvel.
O endividamento é outro dos pontos centrais. A oferta de 9,5 euros por acção implica um endividamento de 11, mil milhões para a Sonae. O mercado quer saber se serão feitas alienações, ou se haverá dispersão em bolsa depois da OPA.
Os projectos do grupo para a banda larga e para o Brasil, onde a PT está presente em joint-venture com a Telefónica, e de onde a Sonae considera que a PT deve sair, são outros pontos que os investidores esperam ver esclarecidos. A presença no Brasil tem sido apontada como estratégica pelo Governo, que detém uma golden share na PT. É aqui que encaixa outra das polémicas deste negócio. A Sonae ofereceu ao Governo a possibilidade de o Estado manter direitos especiais na PT.
A própria PT pediu à CMVM que «segurasse» a OPA até que todas as condições estivessem verificadas, nomeadamente a decisão sobre a desblindagem dos estatutos, que impõe um limite nos direitos de voto dos accionistas, independentemente da participação que detêm. A desblindagem dos estatutos é uma das condições para que a OPA vá adiante, e ainda não está decidida.
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Sonae revela hoje pormenores da OPA sobre PT
- Redação
- PGM
- 27 fev 2006, 10:17
![Belmiro de Azevedo (foto do site da Sonae)](https://img.iol.pt/image/id/269633/1024.jpg)
O Grupo Sonae vai entregar hoje o prospecto preliminar da Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada sobre a PT. Assim se chama o documento que será entregue pelo grupo de Belmiro de Azevedo ao regulador do mercado português, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
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