Teixeira Duarte falha terceira via no BCP

Sem paz possível. A chamada «terceira via» da Teixeira Duarte, que se anunciava como uma tentativa de encontrar um entendimento que pacificasse o BCP e evitasse o confronto na próxima assembleia geral, falhou, noticia o «Diário Económico».

Não apenas falhou como a construtora pode mesmo passar ao contra-ataque já nessa reunião, numa reviravolta estratégica que pode originar uma clarificação sobre de que lado está a maioria do capital. Ao que o DE apurou, a intervenção da Teixeira Duarte poderá passar pela apresentação de uma lista para o alargamento do conselho geral e de supervisão, em confronto com a lista já apresentada pelos aliados de Paulo Teixeira Pinto.

As negociações para a ¿terceira via¿, que os aliados de Teixeira Pinto consideram uma defesa encapotada de Jardim Gonçalves, estão praticamente paradas. Este projecto, liderado pela construtora e abrangendo accionistas como o BPI e a Eureko, não conseguiu encontrar pontos comuns suficientes para avançar, no curto prazo, com uma proposta sustentável para o banco, pelo menos com apoio inquestionável da maioria do capital. ¿Não vale a pena acelerar acordos para uma AG que pode não resolver nada de relevantes em termos do futuro do banco¿, afirmou ao DE fonte próxima do processo. Desta forma, falha uma solução que poderia ser defendida publicamente perante os accionistas na próxima AG, embora prossigam as conversas tendo em vista uma solução de futuro, que poderá ser introduzida a partir de 2008, no final do mandato de Paulo Teixeira Pinto.