Transportes e despesas com a casa fazem subir inflação para 2,9%

A taxa de inflação homóloga subiu duas décimas em Janeiro, para 2,9%, revelam dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

O indicador de inflação subjacente, que exclui produtos alimentares não transformados e energéticos, também subiu uma décima.

Os Transportes (subida de cerca de 3,5%), a Habitação, água, electricidade, gás e outros combustíveis (subida de cerca de 4%) e os Restaurantes e hotéis (mais 3%) foram as classes que apresentaram as contribuições mais significativas para a subida da taxa. A única descida de preços verificou-se nas Comunicações (queda de quase 2%). Embora sem grande impacto no índice total, a classe cujos preços mais subiram foi a das Bebidas alcoólicas e tabaco, com mais de 6%.

Vestuário e calçado 14% mais baratos com saldos

Em termos mensais, ou seja, por comparação com Dezembro de 2007, os preços em Portugal até desceram uma décima. Para este resultado contribuiu de forma determinante a classe do Vestuário e calçado, cujos preços baixaram 14,4%, reflectindo o efeito sazonal da época dos saldos.

As principais contribuições positivas registaram-se nas classes dos Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas e da Habitação, água, electricidade, gás e outros combustíveis, essencialmente justificadas pelas contribuições do peixe e da electricidade, cujos preços aumentaram 4,7% e 5,2%, respectivamente.

Em termos harmonizados, que permitem a comparação com os parceiros europeus, a taxa homóloga foi também de 2,9%, a mensal salda-se igualmente numa descida de 0,1% e a média manteve-se nos 2,4%.

Recorde-se que, de acordo com os dados do Eurostat, no conjunto da Zona Euro, a taxa de inflação homóloga ter-se-á situado nos 3,2% em Janeiro, três décimas acima da taxa portuguesa.