BES com exposição indirecta de 15 milhões a produtos Madoff

O Banco Espírito Santo (BES) revelou esta terça-feira que tem uma exposição indirecta a produtos geridos pela Madoff Investment Securities de cerca de 15 milhões de euros.

«O BES não tem exposição directa a produtos geridos pela Madoff Investment Securities», mas há uma exposição indirecta em Portugal de cerca de 15 milhões de euros, disse à Lusa fonte oficial da instituição.

Esta é «residual», considera o BES, especificando que esse montante «corresponde a menos de 0,1 por cento do total dos activos sob gestão».

Como funcionava o esquema

Recorde-se que, o Santander Totta já tinha revelado que a exposição total dos clientes do banco a produtos vendidos pela Madoff é de 16 milhões de euros.

A instituição financeira liderada por Nuno Amado diz ainda que esta exposição «é pouco relevante» e é inferior a 0,4% do total dos activos geridos por sociedades do Grupo Santander Totta.

O Banco de Portugal (BdP) já veio admitir que está a averiguar o grau de exposição do sistema bancário português decorrente do caso Madoff.

O antigo presidente do Nasdaq, Bernard Madoff, está envolvido na maior fraude de sempre, tendo lesado os investidores em 50 mil milhões de dólares (mais de 37 mil milhões de euros).

A fraude de Madoff consiste numa pirâmide de operações financeiras, em que o corretor utilizava o dinheiro investido por uns clientes para pagar aos outros, quando não existia qualquer lucro das operações.

Prejudicadas por esta fraude foram muitas entidades que lhe confiaram grandes quantias de dinheiro. Um dos lesados é o Banco Santander, que entregou a este corretor dois mil milhões de euros dos seus clientes.

Do rol fazem ainda parte outros grandes nomes da finança europeia, como o BBVA, o HSBC, o Royal Bank of Scotland, o Credit Agricole e o Banesto.