O executivo comunitário aponta quatro domínios de intervenção para atacar o problema, lembrando que na União Europeia as mulheres continuam a ganhar em média menos 15 por cento que os homens, não se tendo registado nos últimos 10 anos qualquer evolução no sentido de eliminar este «fosso», avançou a «Lusa».
«As raparigas obtêm melhores notas que os rapazes na escola e são mais as mulheres a entrar no mercado de trabalho com um diploma que os homens, mas persiste um fosso salarial de 15 por cento. Esta situação absurda tem de mudar», afirmou em Bruxelas o comissário europeu responsável pelo Emprego, Assuntos Sociais e Igualdade de Oportunidades, Vladimir Spidla.
Para tal, Bruxelas defende que «a única solução é mobilizar os homens e as mulheres, as organizações não-governamentais, parceiros sociais e poderes públicos para atacar o problema a todos os níveis», identificando quatro áreas de acção prioritárias.
A Comissão sugere designadamente uma melhor aplicação da legislação existente (incluindo a possibilidade de adaptar as leis actuais e através de acções de sensibilização), lutar contra o fosso salarial no contexto das políticas de emprego dos Estados-membros, promover a igualdade social junto dos empregadores, e apoiar a troca de boas práticas a nível comunitário.
De acordo com dados de Bruxelas, relativos a 2005, Portugal é dos Estados-membros da União Europeia onde o fosso salarial entre homens e mulheres é menor (rondando em média os 9 por cento), enquanto os casos de maior disparidade se verificam em Chipre e Grécia, com a diferença a atingir os 25 por cento.
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Bruxelas quer acabar com fosso salarial entre sexos
- Redação
- Lusa/ SPP
- 18 jul 2007, 15:45
![Dossier Salários](https://img.iol.pt/image/id/255612/1024.jpg)
A Comissão Europeia voltou a alertar para a disparidade ainda existente entre os salários auferidos por homens e mulheres na União Europeia.
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