Sobre a manutenção do projecto, o ministro acrescentou que «só uma solução milagrosa, que pusesse em causa os 14 milhões de euros investidos em estudos» e todos os anos de investimento na localização da Ota, é que poderia implicar um recuo nesta opção. «Mas acredito pouco em milagres...», acrescentou.
Foi desta forma que o ministro respondeu às declarações desta manhã, na «Rádio Renascença», proferidas pelo secretário de Estado dos Transportes, Paulo Campos, que admitia recuar no projecto caso se provassem opções mais vantajosas.
«Não é credível que se altere o projecto com base num estudo feito num mês face aos estudos que estão a ser feitos desde 2000 para a Ota», sublinhou Mário Lino depois da apresentação do livro «Ambiente e Construção Sustentável», de Manuel Duarte Pinheiro, que decorreu no Pavilhão de Portugal do Parque das Nações.
Novo aeroporto já não «gera dúvidas em ninguém»
Recusando autismos e «obcecações pela Ota», Mário Lino acrescentou ainda que já existem pontos positivos nesta discussão: «Há uns meses discutia-se se devia ou não haver um novo aeroporto. Acho que ninguém, hoje, duvida de que é essencial um novo aeroporto. Creio que a ideia que houve de criar uns pequenos aeroportos à volta da Portela também morreu ou está moribunda», disse.
Em declarações aos jornalistas, Mário Lino deixou um apelo: «Temos de parar com este filme de indecisão.»
Governo diz que só «solução milagrosa» pode travar Ota
- Rui Pedro Vieira
- 2 abr 2007, 18:07
O ministro das Obras Públicas, Mário Lino, referiu, esta segunda-feira, que a decisão política sobre o novo aeroporto da Ota está tomada e que, «até ao momento, não tenho nenhuma evidência de que exista um estudo melhor do que este».
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