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Bruxelas debate preços elevados dos alimentos

Europa

Não são esperadas conclusões no debate sobre os preços elevados dos bens alimentares

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Os ministros das Finanças da União Europeia (UE) deverão discutir terça-feira, no Luxemburgo, o aumento recente dos preços de bens alimentares, assim como a proposta polémica do presidente francês de redução, em certos casos, do IVA sobre os combustíveis.

Fonte comunitária informou que não são esperadas conclusões no debate sobre os preços elevados dos bens alimentares e que as propostas recentes feitas por Nicolas Sarkozy deverão também ser evocadas na ocasião, avança a «Lusa».

«É de prever que a questão seja levantada por alguns ministros», disse sexta-feira uma fonte da presidência eslovena da UE em Bruxelas.

O debate dos responsáveis das Finanças irá anteceder um outro, previsto para a reunião de chefes de Estado e de Governo dos 27, a 19 e 20 de Junho em Bruxelas, sobre as «implicações políticas dos elevados preços da alimentação».

O Conselho Europeu irá nessa ocasião «avaliar os desenvolvimentos» tendo em vista o aumento do preço dos alimentos e discutir as implicações para a UE, incluindo possíveis consequências nas Políticas de Desenvolvimento, Comercial, Agrícola Comum e de alterações climáticas e energéticas.

Proposta de Sarkozy

Recorde-se que o presidente francês Nicolas Sarkozy sugeriu no início da semana passada aos países da União Europeia a introdução de um limite para o Imposto sobre Valor Acrescentado (IVA) sobre os combustíveis a partir de um determinado preço do petróleo.

«É preciso perguntar aos parceiros europeus: se o petróleo continua a aumentar, será que não devemos suspender em parte a fiscalidade sobre o preço do petróleo», disse Sarkozy, defendendo que o IVA não acompanhe a subida a partir de um determinado preço do crude.

O presidente francês considerou que uma decisão destas não pode ser tomada de forma isolada, mas sim de «forma unânime» a nível europeu.

Outros responsáveis europeus, assim como a Comissão Europeia, mostraram-se, até aqui, cépticos em relação à proposta de Sarkozy.

Mas vários, como Portugal, pediram um debate europeu sobre o tema, o que levou o ministro da Economia esloveno, Andrej Vizjak, cujo país ocupa a presidência semestral da UE, a considerar quinta-feira que a questão do aumento do preço do petróleo era actual e precisava de uma reacção.

Entretanto, o ministro das Finanças português mostrou-se, na última quarta-feira em Lisboa, disponível para procurar soluções conjuntas com os países da União Europeia de forma a melhor ultrapassar a subida do preço dos combustíveis.
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