Três meses de divergências chegam ao fim com Teixeira Pinto derrotado - TVI

Três meses de divergências chegam ao fim com Teixeira Pinto derrotado

  • Sónia Peres Pinto
  • 31 ago 2007, 17:00
Paulo Teixeira Pinto e do Jorge Jardim Gonçalves (BCP)

A demissão de Paulo Teixeira Pinto vem pôr fim aos conflitos internos vividos no banco e que já se arrastam há mais de três meses.

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O período conflituoso ficou marcado pelo fracasso da Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre o BPI (em o banco gastou 65,5 milhões de euros e a operação arrastou-se por 14 meses) e de duas Assembleias-gerais que custaram à instituição financeira cerca de 1 milhão de euros.

Fracassos à parte, a verdade é que, o modelo de governação do BCP tornou-se o principal obstáculo ao entendimento entre os dois dirigentes. Paulo Teixeira Pinto defendia um modelo de governação clássico e que o mesmo fosse acompanhado pela extinção dos actuais órgãos sociais, renovando desta forma a sua equipa.

Já Jardim Gonçalves, mostrou-se, desde o início, resistente a esta mudança. A proposta acabou por não «ter pés para andar» mas, o que é certo é que, nada voltou a ser como dantes na instituição financeira.

AG marcadas por impasse

O BCP assistiu a três Assembleias-gerais desde o início dos conflitos, no dia 28 de Maio, 6 e 27 de Agosto e todas as sessões ficaram marcadas por um forte impasse.

A AG de 6 de Agosto foi interrompida devido a problemas informáticos e a de 27 de Agosto terminou com as propostas a serem retiradas da sessão.

Entre estas datas houve inúmeros contactos entre os apoiantes de Jardim Gonçalves e de Paulo Teixeira Pinto sem nunca se ter chegado a um consenso.

Prevê-se que a demissão de Teixeira Pinto seja revelada, no final do dia, depois de terminada a reunião do Conselho Geral e de Supervisão (CGS) assim como a nomeação do vice-presidente Filipe Pinhal.

As acções do BCP fecharam a ganhar 3,94% para os 3,43 euros.
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