Crise: Sócrates diz que é lição para quem achava que Estado não devia intervir - TVI

Crise: Sócrates diz que é lição para quem achava que Estado não devia intervir

Sócrates: OE 2009 «responde às dificuldades Internacionais»

Bancos precisam investir dinheiro resultante das garantias do Estado nos empréstimos

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A crise financeira mundial é um «lição para quem achava que o Estado não devia intervir em nada». Esta é a opinião do primeiro-ministro, José Sócrates, que em entrevista ao «Diário de Notícias» e à «TSF» lança também um recado aos bancos sobre a necessidade de investirem o dinheiro resultante das garantias do Estado nos empréstimos às necessidades das empresas e das famílias.

Questionado sobre se há razão para os portugueses podem escapar a uma recessão, o responsável máximo do Governo sublinha que esta é uma «crise mundial» e que «ninguém escapará» e «os portugueses também não». «Mas o nosso dever é fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para minimizar os seus impactos. Esta crise global vai comprometer em muito aquilo que eram as expectativas de crescimento económico para todo o mundo. Nós tínhamos previsões, ainda há um ano, de crescimento da economia mundial muito significativo, acima dos 5%. Hoje nenhuma instituição mundial prevê esse ritmo de crescimento. Esta crise é global e séria», acrescentou.

Ainda assim, José Sócrates diz «ter esperança que esta crise possa acabar e melhorar (o ambiente económico). «Esta crise o que exige dos governos é acção e resposta. Quanto mais coordenada for a acção dos diferentes governos, mais impacto terá naquilo que são as respostas dos mercados e a consequência positiva na economia. Dou um exemplo: foi o facto de praticamente todos os países europeus terem tomado a mesma medida de dar garantias de Estado aos bancos que permitiu que a taxa Euribor descesse ao longo destes últimos dias. Foi uma medida acertada e dirigida ao que era mais preocupante naquela altura: falta de liquidez e taxa Euribor excessivamente alta. Esse declínio da taxa Euribor é uma consequência da acção que tomámos».
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