DECO: Saldos servem como isco para vender novas colecções - TVI

DECO: Saldos servem como isco para vender novas colecções

  • Sónia Peres Pinto
  • 28 fev 2008, 17:17
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Associação critica também artigos expostos que parecem «saídos dos finais dos anos 70»

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No último dia de saldos, a Agência Financeira (AF) quis saber que balanço faz a Associação da Defesa do Consumidor (DECO) destes dois meses de redução de preços. A opinião não é das melhores e, para a DECO, os comerciantes usam este período como «isco para venderem as novas colecções».

De acordo com a jurista da DECO, Carla Oliveira, «os saldos não trouxeram nada de novo», acrescentando ainda que «os artigos que deveriam destinar-se aos saldos acabam por ser vendidos nas promoções».

Ao mesmo tempo os comerciantes aproveitam este período para apresentarem as novas colecções. «Os clientes acabam por gastar mais, pois compram artigos da nova colecção», salienta. «Isso revela que os saldos já não são o que eram», alerta à AF.

O que é fácil de entender, segundo a mesma, tendo em conta os artigos que são expostos neste período. «Os artigos não são fim de colecção, parecem mais da colecção de finais dos anos 70», refere.

DECO defende fim da época específica de saldos

Para a Associação de Defesa do Consumidor não deveria haver uma época específica de saldos, como está estabelecido por Lei. A solução passaria por os comerciantes realizarem promoções sempre que o desejassem. «Neste momento como vão fazendo promoções ao longo do ano quando chega esta altura já não têm artigos», revela Carla Oliveira.

A DECO reconhece, no entanto, pouca sensibilidade por parte do Governo em relação a esta matéria: «A actual legislação foi alterada no ano passado e, na altura, já tínhamos chamado a atenção para esta questão mas o Governo não mostrou interesse», conclui.
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