Governo tem de vender 4% da EDP para cumprir meta das privatizações - TVI

Governo tem de vender 4% da EDP para cumprir meta das privatizações

António Mexia à frente da EDP

Governo tinha orçamentado receitas de privatizações de 950 milhões de euros

Relacionados
O Governo tem de vender 4 por cento do capital da EDP para cumprir a meta orçamentada de 950 milhões de euros de receitas de privatizações, de acordo com a cotação desta quinta-feira das acções da eléctrica portuguesa.

O conselho de ministros desta quinta-feira aprovou uma resolução que diz que o Governo irá privatizar entre 3,69 e 5,0 por cento do capital da EDP, Energias de Portugal.

Para o conjunto de 2007, o Governo tinha orçamentado receitas de privatizações de 950 milhões de euros.

Até agora ainda só encaixou 275 milhões de euros com a privatização de parte das Redes Energéticas Nacionais (REN), pelo que para cumprir esta meta precisa de mais 675 milhões de euros até ao final do ano.

Avaliando as acções da EDP ao preço de hoje da bolsa de Lisboa (4,62 euros), essa receita de encaixe seria alcançável com a venda de apenas 4 por cento da empresa, de acordo com cálculos da «Lusa», relativos a 146,1 milhões de acções.

Questionado sobre a previsão de encaixe com esta operação de privatização da EDP, o secretário de Estado do Tesouro e Finanças, Carlos Costa Pina, disse que, dado o programa de 950 milhões de euros de privatizações e o encaixe já obtido com a REN, o Estado quer agora encaixar a diferença (675 milhões de euros).

De fora deste programa de privatizações está a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), apesar do perdão da dívida de Portugal a Moçambique ser contabilizado como uma operação de saneamento de uma empresa para privatização.

A 27 de Novembro, Portugal recebeu 700 milhões de dólares (cerca de 476 milhões de euros) pela venda de 67 por cento de Cahora Bassa ao governo moçambicano

Sendo uma privatização, a verba recebida do Estado moçambicano será utilizada na redução da dívida pública.
Continue a ler esta notícia

Relacionados