Ocidentais são os mais promíscuos - TVI

Ocidentais são os mais promíscuos

  • Portugal Diário
  • 1 nov 2006, 15:09
Salão Erótico

Casados têm mais sexo e jovens não iniciam vida sexual mais cedo

As pessoas casadas têm mais sexo do que os solteiros e os ocidentais são os que têm comportamentos mais promíscuos, estas são conclusões de um estudo sobre saúde sexual.

O estudo britânico, publicado no sítio do Sol e divulgado pela revista Lancet, desfaz alguns preconceitos: é o primeiro grande estudo internacional sobre comportamento sexual, depois de 1948, quando Alfred Kinsey publicou a obra Comportamento sexual do homem.

A equipa liderada por Kate Wellings, professora de saúde sexual na London School of Hygiene and Tropical Medicine, analisou cerca de 200 estudos sobre demografia sexual de 59 países, publicados entre 1996 e 2000. Os resultados foram hoje publicados na revista The Lancet.

Segundo a investigação, as pessoas casadas têm mais sexo do que os solteiros e houve uma ligeira tendência para adiar a idade do casamento. O acréscimo de relações sexuais pré-maritais não se traduziu num comportamento de maior risco, porque, em muitas circunstâncias as mulheres casadas são as que estão mais expostas.

«Uma solteira está mais apta a negociar sexo seguro do que uma casada», disse à agência Associated Press, Paul Van Look, da Organização Mundial de Saúde, acrescentando que as mulheres casadas de África e Ásia são frequentemente ameaçadas por maridos infiéis que recorrem muito à prostituição.

Nos países desenvolvidos, o número de parceiros sexuais das mulheres e dos homens é quase o mesmo, uma realidade diferente dos países em desenvolvimento, como o Quénia ou o Haiti, por exemplo.

Contudo, o estudo revela alguns resultados surpreendentes. Os investigadores esperavam encontrar comportamentos mais promíscuos em África, onde o vírus HIV se tem espalhado galopantemente. Apesar de a monogamia ser a tendência global é nos países ricos que se verifica maior incidência de múltiplos parceiros sexuais. «Isto sugere que factores sociais como a pobreza, a mobilidade e a igualdade de género poderão contribuir mais para as doenças sexualmente transmissíveis do que a promiscuidade», disse a coordenador da investigação.

Também ao contrário do que os investigadores esperavam encontrar, o estudo demonstra que os jovens não estão a iniciar a vida sexual mais cedo. A primeira experiência continua a ocorrer entre os 15 e os 19 anos, com idades mais tenras para as raparigas do que para os rapazes.

Os especialistas consideram que estas conclusões serão não só úteis para desfazer mitos, como também para moldar as políticas que ajudarão a melhorar a saúde sexual no mundo.
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