Multa para mulheres que abortem demais. Concorda? - TVI

Multa para mulheres que abortem demais. Concorda?

Grávida (arquivo)

Ideia defendida pelo presidente da Sociedade Portuguesa de Ginecologia e Obstetrícia

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O presidente da Sociedade Portuguesa de Ginecologia e Obstetrícia (SPGO) defendeu uma penalização para as mulheres que abusam do direito de interromper a gravidez no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

De acordo com o relatório dos registos das Interrupções da Gravidez (IG) da Direcção-Geral da Saúde, referentes a 2010, independentemente dos motivos, foram realizados 19.436 abortos, menos 412 do que em 2009 (19.848).

De acordo com este documento, mais de 250 mulheres que interromperam a gravidez em 2010 tinham feito três ou mais abortos anteriormente e, destas, quatro já tinham abortado mais de dez vezes.

«Aquilo que me preocupa mais são aquelas mulheres que, ao abrigo da lei, fizeram um aborto em meados de 2009, no início de 2010 vêm fazer outra interrupção e no final de 2010 vêm fazer outra», afirmou Luís Graça em declarações à agência Lusa.

Para o presidente da SPGO, «isto já é um abuso do direito». «Como o povo diz, na primeira qualquer um cai, na segunda só cai quem quer. E quem vem à segunda e vem à terceira é uma mulher que é de facto negligente para si própria e até para o Serviço Nacional de Saúde, que está a gastar dinheiro e recursos para, ao fim e ao cabo, resolver a pura negligência dessas mulheres».

O médico defende que «devia haver uma taxa moderadora a ser paga pelas pessoas». «Teria de haver alguma penalização e a penalização neste caso só pode ser económica, não pode ser mais nada», defendeu.
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