Governo quer tirar menores das instituições - TVI

Governo quer tirar menores das instituições

  • Portugal Diário
  • 7 fev 2008, 11:34
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Objectivo é desinstitucionalizar 25 por cento para adopção ou famílias de acolhimento

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O Governo pretende tirar 25 por cento das crianças actualmente em instituições até ao final da legislatura, em 2009, numa altura em que cerca de dez mil crianças se encontram nesta situação, noticia a TSF.

«Não vamos tirar as crianças das instituições e colocá-las num sítio qualquer para cumprir esta meta. É óbvio», afirmou à TSF a secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação, Idália Moniz.

A responsável lembrou que só em 2006 se conseguiu desinstitucionalizar 4,4 por cento das crianças portuguesas e que apesar de a meta fixada pelo Governo ser «ambiciosa» está a ser feito um trabalho afincado nesse sentido.

Menores «arrumados» em instituições

Ninguém os quer adoptar


«O orçamento global com os programas e medidas de respostas às crianças e jovem em perigo em 2006 foi de 7,6 milhões de euros. Em 2007, foi de 20,694 milhões de euros e em 2008 é de 27,548 milhões», acrescentou.

Esta secretária de Estado acredita que o novo estatuto das famílias de acolhimento aprovado recentemente pode facilitar o objectivo do Governo.

Idália Moniz lembrou, no entanto, que ser família de acolhimento não é uma via para a adopção, uma vez que estas duas medidas são completamente diferentes.

Apesar disto, a secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação recordou que a qualquer momento as famílias de acolhimento podem manifestar o seu desejo em adoptar.

Entre as famílias que pretendem adoptar, 95 por cento destas querem crianças até aos três anos de idade, mas apenas 30 por cento das 1397 crianças em condições de adopção contabilizadas no final do ano estão dentro deste critério.

Idália Moniz adiantou ainda que da totalidade destas crianças em condições para serem adoptadas, 963 tinham já a sua situação definida.

Já 335 tinham problemas de saúde e 87 tinham deficiências, adiantou a governante, que explicou que 93 por cento dos 2311 candidatos à adopção queriam crianças sem problemas de saúde.

«Estas crianças que andam aqui nas listas com problemas de saúde e deficiência nunca serão adoptadas e para estas crianças a resposta é a institucionalização», concluiu.
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