Alentejo: autarcas não aceitam encerramento de escolas - TVI

Alentejo: autarcas não aceitam encerramento de escolas

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«Há ambientes rurais que hoje podem ter 18 miúdos, mas que amanhã pode vir a ter 25», dizem

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Os autarcas do litoral alentejano juntaram-se às vozes que um pouco por todo o país se levantaram contra a medida anunciada pelo Governo de encerrar as escolas do primeiro ciclo do ensino básico com menos de 21 alunos.

Até ao momento não se conhece ainda ao certo que escolas não abrem as portas no próximo ano lectivo no Alentejo, o que existe é alguma informação com base no número de alunos de cada estabelecimento de ensino.

A aplicar-se a medida anunciada, no concelho de Odemira, por exemplo, isso pode implicar o «encerramento de 16 escolas», o que representa, segundo avançou à Lusa o presidente da Câmara (PS), José Alberto Guerreiro, «metade do parque escolar», num concelho que tem 27 estabelecimentos do primeiro ciclo.

Contudo, de acordo com o director Regional de Educação do Alentejo, José Verdasca, está a ser tida em conta a «especificidade territorial», de uma região com «30 mil quilómetros quadrados e 20 habitantes por quilómetro quadrado», tendo sido sinalizadas numa primeira fase as escolas «com menos de 11 alunos».

A confirmar-se, em vez das 16 escolas em risco de encerrar em Odemira, estarão cinco, todas com mais de oito alunos.

José Alberto Guerreiro, que já reuniu com a Direcção Regional de Educação (DREA), argumentou casos de excepção para todas as escolas sinalizadas, mas afirma que não lhe foram dadas garantias, lembrando que a decisão final cabe ao Ministério da Educação.

«Há ambientes rurais que hoje podem ter 18 miúdos, mas que amanhã pode vir a ter 25», disse, defendendo que «não pode haver uma leitura tão imediatista e tão óbvia».
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