Angola: ataque a português reivindicado - TVI

Angola: ataque a português reivindicado

  • Portugal Diário
  • 7 mar 2008, 12:02
Mapa de Angola

Forças Armadas de Cabinda assumem acto e prometem «continuar»

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As Forças Armadas de Cabinda (FAC) reivindicaram esta sexta-feira em declarações à Agência Lusa o ataque segunda-feira contra um cidadão português que trabalha no enclave, sublinhando que dispararão contra qualquer cidadão estrangeiro que labore no território.

Entrevistado pela Lusa num contacto telefónico para o enclave, Estanislau Miguel Boma, chefe do Estado-Maior do braço armado das FLEC (Forças de Libertação do Enclave de Cabinda), sublinhou que o ataque foi feito na sequência dos avisos lançados há cerca de duas semanas aos trabalhadores estrangeiros em Cabinda para não ajudarem a economia de Angola.

Português alvejado em Angola

Angola e Portugal em sintonia

«Quem disparou foram as FAC e vamos neutralizar tudo o que sustente a economia angolana», disse o chefe do Estado-Maior à Lusa.

Estanislau Miguel Boma afirmou que o exemplo do ataque ao cidadão português pode replicar-se em relação a qualquer outro trabalhador estrangeiro em Cabinda. «Não haverá qualquer excepção», garantiu.

«Não estamos contra os estrangeiros, podem vir trabalhar para Cabinda quando houver paz. Estamos contra a dominação e tudo o que continuar a sustentar a política de dominação tem de ser abatido», disse o chefe do Estado-Maior.

«Guerra ainda continua»

Sublinhando que a «guerra ainda continua» no enclave, Estanislau Miguel Boma acusa o governo de Luanda de mentir quando afirma perante a comunidade internacional que «já não há conflitos em Cabinda».

«Vamos continuar a fazer guerra até que os angolanos se sintam responsáveis pelo problema de Cabinda e aceitem conversar e chegar a um consenso», garantiu.

Português alvejado segunda-feira

Um trabalhador português foi alvejado, segunda-feira, na província angolana de Cabinda, enquanto conduzia uma viatura, encontrando-se fora de perigo no hospital militar em Cabinda.

Fonte do gabinete do secretário de Estado das Comunidades confirmou à Agência Lusa que um cidadão português, empregado na empresa de construção civil Tecnovia-Sociedade de Empreitadas S.A., foi alvejado num braço e numa perna.
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