MP pede pena máxima para romenos violentos - TVI

MP pede pena máxima para romenos violentos

Assalto  [arquivo]

Cinco arguidos em julgamento devido a assaltos, no Algarve, a casas de estrangeiros

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Os advogados de defesa dos cinco acusados de assaltos violentos a casas de estrangeiros no Algarve pediram esta sexta-feira a absolvição dos arguidos ao tribunal de júri, enquanto a acusação pede pena máxima, escreve a agência Lusa. Os assaltantes recorriam ao sequestro, coação grave e abuso de cartão de crédito.

Marius Lovin, de 20 anos, Alexandre Stoica, de 29, Cláudio Vilcan, também de 29 anos, Marius Lazer, de 31 anos, e Ion Radu, também de 31 anos, são os cinco arguidos de nacionalidade romena detidos pela GNR em Janeiro de 2007 em Faro.

Esta sexta-feira, dia das alegações finais do julgamento que começou a 03 de Março, e cuja decisão está na mão de um tribunal de júri constituído por três juízes e quatro jurados, a defesa pediu a absolvição de todos alegando «falta de prova cabal».

«Nós ficamos na dúvida se foram estes cinco ou outros que ainda andam à solta», questionou Carvalhinho Correia, um dos advogados de defesa, recordando que nenhuma das testemunhas soube identificar os acusados, já que os assaltantes actuavam com a cara tapada.

O advogado de defesa referiu também que há provas da acusação que entram em contradição. «Não podemos ter a certeza que foram estas pessoas que cometeram estes crimes e nesta situação de dúvida temos de absolver o réu. É preferível absolver o culpado do que condenar um inocente», argumentou a defesa.

O advogado de defesa admitiu que não gostaria de estar na posição dos jurados e observou que estes se devem seguir pela «independência» e analisar o caso «à luz da lei e despedidos de preconceitos». Depois de se dirigir aos oito jurados, o advogado Carvalhinho Correia fez notar que não era «normal estarmos perante um tribunal de júri» e lembrou aos jurados que eles terão uma palavra a dizer sobre a culpabilidade e a sanção daquelas cinco pessoas.

Ameaças de morte

A advogada de Marius Lovin, o mais novo do grupo, com 20 anos, apelou ao tribunal de júri para ter em consideração a idade do arguido, uma vez que os maiores entre os 18 e 21 anos têm um regime especial no Direito português, e recordou que Lovin não «tem antecedentes criminais».

O método de acção dos acusados consistia em entrar em casas isoladas de estrangeiros e obter os códigos dos cartões bancários através de agressões, ameaças de morte e intimidações. Amarrar mãos e pés com fios eléctricos e tapar a boca das vítimas com toalhas e fita-cola faziam também parte do modo de operar, com o objectivo de roubar os valores das habitações, como jóias, computadores, câmaras de filmar e máquinas fotográficas.

A leitura do acórdão do tribunal de júri ficou marcada para dia 06 de Junho.
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