Espanha: feridos portugueses continuam internados

Três das 13 vítimas do acidente do autocarro que se despistou, a 7 de Dezembro, em Espanha, quando fazia o trajecto Andorra-Portugal, continuam internadas no Hospital Arnau Vilanova de Lérida, informou fonte hospitalar, escreve a Lusa.

Um dos acidentados, uma mulher de 50 anos, continua em coma, na Unidade de Cuidados Intensivos.

Um rapaz de 24 anos, natural de Chaves, e uma rapariga de 33, de Vila Real, mantêm-se no Serviço de Cirurgia e Traumatologia respectivamente. O estado de saúde de ambos é grave e reservado.

Segundo a mesma fonte, no passado fim-de-semana, foi transportado para Portugal Paulo. J.T, de 31 anos, que sofrera um traumatismo craniano e uma necrose cutânia.

Quinta-feira foi transferida para Vila Real Sandra Pinhao.

O sócio da Socintarbus SL, a empresa proprietária do autocarro sinistrado, Manuel Brás Vilela, teve alta médica segunda-feira e está previsto que regresse a Portugal ainda esta semana.

Todos as vítimas transferidas para Portugal serão submetidas a exames médicos na Casa da Boavista, no Porto.

Entretanto, Maria Adelina Martins, a rapariga de 33 anos, que sofreu um traumatismo abdominal e fractura em várias vértebras cervicais e dorsais, nao foi transferida, segunda-feira, para o Hospital de Vila Real, em Portugal, tendo em conta que se registaram algumas «complicaçoes» no seu estado de saúde, disse fonte hospitalar.

No momento do acidente, a maioria das vítimas não tinha cinto de segurança.

Esta terça-feira Maria Adelina Martins deverá ser submetida a um TAC abdominal. A sua transferência para o Hospital de Vila Real depende dos resultados deste exame médico.

Uma fonte familiar de Adelina Martins disse à agência Lusa que «ela tem pesadelos e que está a ser medicada para conseguir dormir. Todas as noites, sonha com o acidente».

Um familiar dela desloca-se esta semana a Espanha para a acompanhar, já que, neste momento, não tem qualquer familiar «ao seu lado», o que nao é aconselhável psicologicamente, comentou a mesma fonte.

O cônsul de Portugal em Barcelona e o delegado do governo catalão em Lérida deslocaram-se ao Hospital Arnau de Vilanova de Lérida e visitaram os acidentados. Estes responsáveis interessaram-se pelo seu estado de saúde e disponibilizaram os seus serviços para «tudo o que for necessário».