A Câmara de Lisboa ainda não accionou os mecanismos previstos de apoio aos sem-abrigo em caso de vagas de frio, por considerar que, tecnicamente, tal ainda não aconteceu, estando esta população a ser apoiada por equipas de rua, informa a agência Lusa.
«Do ponto de vista técnico não há nenhuma vaga de frio, porque esta só ocorre quando a temperatura mínima é de quatro graus ou menos ao longo de dois ou mais dias consecutivos e sem que haja previsão de subida da temperatura», disse à Lusa uma fonte do gabinete do vereador da Acção Social na autarquia lisboeta, Sérgio Lipari Pinto.
«Apesar de ter havido um pico de frio no domingo, não houve razões técnicas que apontassem para uma vaga de frio», sustentou a mesma fonte.
Para ajudar os sem-abrigo a combater o frio, equipas de ruas da autarquia e outras entidades deram apoio médico e distribuíram alimentos e agasalhos à população sem-abrigo, estimada em mil pessoas, das quais 700 estão em regime de acolhimento e 300 vivem na rua.
«A Câmara de Lisboa, juntamente com outras entidades, tem equipas de rua que acompanham os sem-abrigo e vão detectando as necessidades das pessoas, mesmo não havendo vagas de frio», salientou.
Segundo o gabinete de Acção Social, o plano de contingência para os sem-abrigo perante as vagas de frio, apresentado na semana passada, está activo entre os meses de Novembro e Março e tem vários graus de actuação.
Cabe à Protecção Civil alertar os serviços para a necessidade de activação do plano, para a qual contam com uma escala própria com quatro níveis: azul, amarelo, laranja, e vermelho.
Neste momento, o plano está em alerta amarelo, disse a mesma fonte, explicando que é no nível laranja que está prevista a abertura das estações do metropolitano na Baixa/Chiado, Saldanha, Sete Rios e a estação da CP de Santa Apolónia para abrigar a população de rua.
Frio: sem-abrigo lisboeta sem apoios
- Portugal Diário
- 29 jan 2007, 19:08
Mecanismos não foram accionados porque «tecnicamente» não há vaga de frio
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