A CGTP considera que «não é surpreendente» que as crianças portuguesas sejam das mais pobres da União Europeia (UE), porque a pobreza das famílias, sobretudo das que têm rendimentos do trabalho, tem vindo a agravar-se, disse Maria do Carmo Tavares.
Escreve a Lusa que a dirigente da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) fez estas afirmações depois da Lusa ter noticiado que Portugal é um dos oito países da UE em se registam os níveis mais elevados de pobreza nas crianças, nomeadamente nas que vivem com adultos empregados.
Portugal: 20 por cento de crianças pobres
Porto: um em cada quatro pobre
O relatório diz que, em Portugal, há mais de 20 por cento de crianças (uma em cada cinco) expostas ao risco de pobreza.
Maria do Carmo Tavares diz que «esta situação não é surpreendente, porque a pobreza está a agravar-se nas famílias portuguesas e isso, obviamente, reflecte-se nas crianças».
O risco abrange tanto crianças que vivem com adultos desempregados como as que vivem em lares onde não há desemprego.
Para Maria do Carmo Tavares, isto é apenas o reflexo do que se está a passar com as famílias portuguesas, pois «as crianças não são independentes nem autónomas, reflectem o empobrecimento das respectivas famílias».
Para provar que os trabalhadores portugueses estão a empobrecer, a sindicalista referiu que um terço dos beneficiários do Rendimento Mínimo de Inserção (RMI) - mais de 30 mil pessoas - tem rendimentos provenientes do trabalho.
Pobreza: situação das famílias tem-se «agravado»
- Portugal Diário
- 24 fev 2008, 19:00
Relatório diz que 20 por cento de crianças em Portugal está em risco
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