O militar suspeito de ter matado outro militar no Regimento de Comandos, na Carregueira, vai ficar em prisão preventiva, determinou o Tribunal de Instrução Criminal de Sintra, nesta sexta-feira.
O também comando foi detido pela Polícia Judiciária Militar (PJM) na quarta-feira, indiciado pelo homicídio de Luís Teles, a 21 de setembro deste ano, com uma arma de fogo de calibre militar, no Regimento de Comandos na Carregueira.
Presente a primeiro interrogatório judicial, um juiz de instrução criminal do Tribunal de Sintra aplicou-lhe hoje a medida de coação mais gravosa, isto é, prisão preventiva.
Na quarta-feira, a PJM indicou que o militar foi detido no Regimento de Comandos.
O comando detido foi o militar que deu o alerta aos seus superiores no passado dia 21 de setembro, sabe a TVI.
A vítima, Luís Teles, um militar de 23 anos, natural da Madeira, foi encontrado morto a 21 de setembro, na zona dos paióis, com um tiro de G3.
O militar suspeito foi quem alertou os superiores do Regimento dos Comandos para o incidente, depois de, alegadamente, ter ouvido um disparo.
Este militar foi uma das testemunhas ouvidas pela Polícia Judiciária Militar no dia em que a vítima foi encontrada morta.
A TVI sabe que, na altura do seu depoimento, o comando, que estava de serviço nos paiós da Carregueira, e sozinho, disse à PJ Militar que a vítima, Luís Teles, pediu-lhe uma G3. o que ele não estranhou, e que, segundos depois, ouviu um disparo e viu o colega caído no chão.
A TVI sabe também que a vítima foi alvejada pelas costas e que a bala entrou e saiu pelo coração.
O "presumível homicídio" ocorreu, naquele regimento, às 19:42, anunciou no mesmo dia o Exército, que chamou ao local a PJM e a PSP.
O jovem militar, que "estava já de descanso de fim de semana", segundo explicou na altura a porta-voz do Exército, estava sozinho e foi encontrado no chão, perto da arma.