Uma mensagem para pagar o Magalhães - TVI

Uma mensagem para pagar o Magalhães

Computador Magalhães chega às escolas

Sms chegou a alguns pais, mas sem identificação. Pedia o pagamento do computador. Caso deixou escolas sem saber o que fazer

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Uma mensagem não identificada. Sob o título programa E-Escolinhas, contém referência, entidade e o respectivo montante. Pede que se efectue o pagamento, de forma a que o Magalhães seja entregue na sua escola. E os pais que a receberam têm cinco dias para pagar.

«Só os incautos pagariam», disse uma mãe ao apontar o anonimato. Aliás, ideia igual teve uma das escolas cujos encarregados de educação receberam estas mensagens.

O Conselho Executivo da EB 1 de João de Deus, no Porto, entrou em contacto com a Direcção-Regional de Educação do Norte (DREN), que aconselhou a escola a informarem os pais para que não pagassem, até se apurar a situação.

«Não temos indicação de que alguém tenha pago» e «achamos estranhos o método usado. Por isso, ligámos de imediato para a DREN, que tinha já recebido outras chamadas», explicou o responsável da escola Armando Mendes.

O PortugalDiário bem tentou apurar a situação junto da DREN, mas sem sucesso. Por isso, percorremos o caminho da mensagem até conseguir chegar ao remetente: após várias tentativas para o número de telemóvel do remente foi possível ligá-las à empresa Prológica - sistemas informáticos S.A, que trabalha em parceira com a JP Sá Couto na produção de Magalhães.

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Os contornos legais da operação surgiram assim, apesar do descrédito que, durante o dia, a situação parecia valer.

Questionada a confederação de pais, o presidente, Albino Almeida, explicou-nos ao início da tarde que não tinha ainda conhecimento do caso. Mas o primeiro conselho é «não pagar». Até porque, há cerca de um mês, uma empresa abordou famílias, nas suas casas, com o objectivo de arranjar compradores para o Magalhães e apresentava-se como representante do Ministério da Educação. «A DREN foi célere a desmentir a situação e a denunciar a fraude».

Mas ao que o PortugalDiário pôde apurar, esta situação é bem diferente: segundo a Confap, que colheu informação junto do secretário de Estado de Educação, Valter Lemos, e nas direcções regionais, a entidade que surge no sms é de confiança e os pais devem efectuar o pagamento, guardar o talão e, no prazo a ser indicado, recolher o computador nas escolas dos filhos.

Não foi possível apurar ainda se a direcções-regionais, nomeadamente a DREN, já emitiram uma nota informativa para explicar o caso às escolas que desconheciam o modus operandi para que os pais efectuassem o pagamento.

Também a Prológica não esteve disponível para fornecer mais esclarecimentos ao PortugalDiário.

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