O Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE ) responsabilizou o governo pela morte da menina de dois anos em Monção por alegados maus tratos, acusando o executivo de não dar meios suficientes às Comissões de Protecção de Menores, escreve a Lusa.
Num comunicado divulgado sexta-feira à noite, o STE afirma que «a Sara morreu porque o Governo não quer dotar as Comissões de pessoal qualificado ao seu serviço a tempo inteiro».
Sara, de dois anos, morreu na quarta-feira passada em Mazedo, concelho de Monção alegadamente vítima de maus tratos e a sua mãe, de 24 anos, ficou em prisão preventiva depois de ser ouvida pelo Tribunal local.
A mãe e o pai da criança, que também foi ouvido e libertado, negaram os maus tratos e atribuíram a morte da menina a duas quedas no dia anterior à morte.
O sindicato refere que a Comissão de Protecção de Menores em Risco de Monção recebeu uma «denúncia da educadora de infância» por alegados maus tratos no dia 04 de Dezembro, mas só marcou a visita para 28 de Dezembro «porque não tem ao seu serviço pessoal a tempo inteiro».
«O pessoal qualificado ao serviço das Comissões acumula funções com os seus serviços de origem», explica o STE, acrescentando a Comissão de Monção «não pôde actuar antes porque não tem pessoal disponível e não tem pessoal disponível porque o governo não quer».
Para o STE, que lamenta a morte da criança, a responsabilidade é do governo «que não quer quadros de pessoal, nem funcionários, nem despesas» e também dos «cidadãos de Portugal», que permitem que «o governo continue a reduzir a capacidade de resposta das organizações» encarregues de proteger as crianças em risco.
Leia o texto relacionado: «Governo rejeita culpas»
![Sara morreu «porque o Governo não quer despesas» - TVI Sara morreu «porque o Governo não quer despesas» - TVI](https://img.iol.pt/image/id/4138571/400.jpg)
Sara morreu «porque o Governo não quer despesas»
- Portugal Diário
- 30 dez 2006, 12:22
![Multidão apupou mãe de Sara à porta do tribunal (Estela Silva/Lusa)](https://img.iol.pt/image/id/4138571/1024.jpg)
Sindicato também responsabiliza os portugueses pela morte da menina
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