Pais com álcool em Vilamoura: Tribunal abre inquérito - TVI

Pais com álcool em Vilamoura: Tribunal abre inquérito

Criança

Crianças ficaram algumas horas sem os pais, que estavam quase em coma alcoólico

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O Tribunal de Família e Menores de Faro vai abrir um inquérito para averiguar o caso das três crianças irlandesas cujos pais estiveram à beira de um coma alcoólico, soube a agência Lusa junto de fonte ligada ao processo.

As crianças, dois meninos de 1 e 6 anos e uma menina de 2, estiveram sábado à guarda do Refúgio Aboim Ascensão durante algumas horas, depois dos pais se terem embebedado e caído à entrada do hotel onde estavam instalados, em Vilamoura.

Os funcionários da unidade chamaram as autoridades, que contactaram a Segurança Social, entidade que accionou a Linha de Emergência Infantil e conduziu os menores ao Refúgio Aboim Ascensão, em Faro, na madrugada de sábado.

Por considerar não ter sido praticado um crime, o Ministério Público (MP) acabaria por autorizar a entrega das crianças aos pais, que as recolheram daquela instituição ao final da manhã daquele dia.

Entretanto, o processo foi hoje remetido para o Tribunal de Família e Menores de Faro, que vai instruir um processo de promoção e protecção de menores para averiguar das condições que o casal tem para cuidar das crianças.

Segundo soube a Agência Lusa através de fonte ligada ao processo, os pais deverão ser chamados àquele tribunal para serem ouvidos, no sentido de ser elaborado um relatório social com as condições gerais da família.

A mesma fonte acrescentou que serão averiguadas as condições emocionais, financeiras, de saúde e habitabilidade dos progenitores, o procedimento habitual neste tipo de casos.

O director do Refúgio Aboim Ascensão, Luís Villas-Boas, criticou domingo o facto de as crianças terem sido devolvidas aos pais antes de o Tribunal de Família e Menores ter conhecimento do caso.

A família irlandesa, que chegou ao Algarve sexta-feira, permanece instalada no mesmo «aparthotel», em Vilamoura, de onde só deverá sair no final da semana.

Luís Villas-Boas disse à Lusa ter-lhes dado uma reprimenda quando foram buscar as crianças e acrescentou que os pais estavam receosos de uma eventual exposição do caso na Comunicação Social.
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